O Coritiba divulgou nota oficial nessa terça-feira (dia 3) informando que identificou um dos torcedores acusados de atos racistas no último domingo (dia 1º), no Couto Pereira, durante o jogo contra o Athletico Paranaense, pelo Campeonato Brasileiro.
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“O Coritiba Foot Ball Club informa que, a partir das imagens do circuito interno de monitoramento do Estádio Couto Pereira, foi devidamente identificado possível autor de supostos atos racistas no último domingo (01), no athleTIBA. Desta forma, todas as informações foram encaminhadas à DEMAFE para adoção das providências cabíveis. O clube reitera seu repúdio a todo e qualquer ato de racismo e discriminação. Tais condutas são inaceitáveis e incompatíveis com os valores e a história do clube”, informou o clube.
Na noite de segunda-feira (dia 2), o clube divulgou nota lamentando o ocorrido. “O Coritiba Foot Ball Club vem a público manifestar repúdio a todo e qualquer ato de racismo e discriminação. Tais condutas não serão toleradas e são incompatíveis com os valores e a história do clube”, diz o texto.
O caso é investigado pela Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), da Polícia Civil do Paraná. A investigação começou com base em vídeos publicados em redes sociais, com dois torcedores do Coritiba supostamente fazendo gestos de “macaco” para a torcida do Athletico.
O delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Demafe, solicitou ao Coritiba os registros internos do estádio. São dois homens, um de camisa verde e outro de branco, gesticulando em direção à torcida visitante do Couto Pereira. No vídeo, os seguranças do Couto Pereira acompanham de perto a situação, mas nada fazem.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelo clube ou pela Demafe.
A Demafe informou que já colheu os depoimentos dos dois torcedores. Agora, uma testemunha será ouvida e, em seguida, o caso segue para a Justiça. O crime de injúria racial tem pena prevista de um a três anos de prisão.