O Coritiba pode ter jogadores contatados pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF) já na janela de transferências de julho. Para isso, a diretoria espera que a SAF esteja totalmente aprovada e em pleno funcionamento até 30 de junho. Essa aprovação ocorre em três etapas: a primeira pelo Conselho Deliberativo (nessa terça-feira, dia 30), a segunda pelos sócios (em votação nesta quarta-feira, dia 31) e a terceira pela Justiça (juízo responsável pelo processo de Recuperação Judicial).
O presidente em exercício do Coritiba, Glenn Stenger, explicou nessa terça-feira (dia 30) que o clube, sem a SAF, tem previsão de gastar R$ 90 milhões com futebol no total de 2023 – valor que inclui salários, compras de jogadores e todas as despesas do departamento. Com a SAF, esse valor sobe para, no mínimo, R$ 120 milhões. O contrato exige essa quantia mínima no futebol, mas os responsáveis pela SAF podem decidir investir ainda mais.
Caso a SAF não for aprovada, a probabilidade é pequena de reforços na janela de transferências de julho. “O clube não tem como fazer investimentos nessa janela”, declarou Stenger, em entrevista para a rádio Jovem Pan.
Na entrevista, o dirigente afirmou também que as contratações já realizadas em 2023 não tiveram influência da SAF.
Em 2023, o Coritiba fez o maior investimento da história em aquisição de jogadores e luta contra o rebaixamento no Brasileirão. Stenger explicou que essa é a nova realidade do futebol brasileiro, com valores altos. “Mesmo assim, o Coritiba é um dos três da Série A que menos investiu em 2023. Isso mostra o quanto o poder de investimento é importante”, declarou, defendendo a aprovação da SAF.