Reprodução de vídeo

A Comissão de Arbitragem da CBF divulgou, nesta segunda-feira (27), a atuação do árbitro assistente de vídeo (VAR) em Coritiba x Athletico, pela 13ª rodada do Brasileirão. No lance que gerou mais polêmica na partida – um suposto pênalti do zagueiro atleticano Pedro Henrique em cima do atacante coxa-branca Leo Gamalho, aos 55 minutos do segundo tempo, o áudio do VAR traz a assistente Daiane Caroline dos Santos concordando com o árbitro Luiz Flávio de Oliveira em não dar a penalidade. O Athletico venceu por 1 a 0, gol de Khellven, de pênalti, aos 54 minutos do segundo tempo.

“Foi só na bola. Aqui está checado”, disse Daiane, enquanto no campo o árbitro era abordado por jogadores do Coritiba que pediam a revisão do lance no monitor. Luiz Flávio foi cercado por ter encerrado a partida assim que a bola foi afastada da área por Pedro Henrique. O atacante Warley deu uma peitada no árbitro e acabou expulso.

Por causa do lance, o Coritiba entrou com uma representação na CBF contra Luiz Flávio e Daiane. Segundo o clube, ambos teriam desrespeitado o protocolo dos jogos. Luiz Flávio apitou o fim de jogo antes do VAR ditar a checagem no sistema de áudio. Contudo, se o VAR recomendasse a revisão no monitor de vídeo, o árbitro poderia ver o lance e determinar a cobrança de pênalti, se assim achasse, mesmo já tendo encerrado a partida. Segundo os coxas-brancas, Pedro Henrique acertou o braço na cabeça de Leo Gamalho na disputa pelo alto, antes de cabecear a bola.

“A tecnologia de vídeo só será usada para corrigir erros claros e incidentes não vistos nas situações pré-definidas e que podem mudar o rumo do jogo: Gol ou não gol; Pênalti ou não pênalti; Cartão vermelho direto; e erro de identificação (o árbitro adverte ou expulsa o jogador errado). A decisão final será sempre do árbitro”, diz a CBF, em seu informativo sobre os princípios do VAR.

Outros dois lances foram checados na mesma partida. Um deles foi uma bola que bateu no braço do zagueiro Luciano Castan, do Coritiba, dentro da área. Após a revisão, o árbitro manteve sua decisão inicial de jogada normal, sem marcar pênalti.

O outro lance analisado foi que geriu o gol do Athletico. Em uma bola erguida à área, Luciano Castan afastou pelo alto, mas o goleiro Rafael William, que também saiu na jogada, não alcançou a bola e acertou um soco no atacante Vitor Roque. “Após revisão do lance, árbitro marca a penalidade e aplica o cartão amarelo”, diz o relatório do VAR. Na cobrança de pênalti, Khellven fez o gol da vitória do Athletico.