
‘Capitão Hidalgo – A História da Vitória’ é um livro de memórias de José Hidalgo Neto, o Capitão Hidalgo. Como jogador, ele brilhou no Coritiba nos anos 1970. Como comentarista esportivo do rádio e da TV, quase 50 anosde história. O livro será lançado nesta terça-feira (15), das 18h às 21h, no Auditório do Anexo 02 da Câmara Municipal de Curitiba (entrada pela Avenida Visconde Guarapuava, 2601/2699, esquina com Lourenço Pinto).
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O autor é o jornalista Marco Antonio Assef Bruginski, conhecido como Marco Assef, com mais de 40 anos de atuação em veículos impressos, rádio e TV em diversas funções. Assef trabalhou com Hidalgo em duas oportunidades. “Sempre achei que ele merecia ter a história contada num livro”, afirmou o jornalista.

O livro traz histórias de bastidores sobre uma época em que os craques desfilavam em profusão pelos gramados do Brasil. Depois relata a carreira de Hidalgo no rádio esportivo, com muitas dezenas de transmissões internacionais com jogos de clubes, da seleção brasileira, Copas do Mundo e até duas temporadas da Fórmula 1. Sobre o livro, o jornalista deu a seguinte entrevista ao Bem Paraná:
Bem Paraná: Como e quando surgiu a ideia de fazer um livro sobre Capitão Hidalgo?
Marco Assef: Sempre ouvi as histórias do Capitão Hidalgo, porque já trabalhei com ele duas vezes na Rádio Cidade e depois na 91 Rock. Sempre achei que ele merecia ter a história contada num livro. Decidi de vez depois que saiu o livro sobre o Sicupira, do Sandro Moser, um craque das letras. Pensei comigo, se o Sicupira tem um livro, o Capitão Hidalgo precisa ter o seu. Desde o convite até agora o momento do lançamento foram três anos de preparo da obra.
Bem Paraná: Hidalgo foi jogador de futebol e depois virou um profissional de mídia. Como ficou a estrutura do livro em relação a essas duas facetas dele?
Marco Assef: O livro conta, mais ou menos em ordem cronológica, a trajetória do Hidalgo como jogador e depois como radialista. São muitos dados, histórias que ninguém sabia e opiniões dele sobre o desenrolar da carreira, seja no futebol, seja na imprensa.
Bem Paraná: Você tem alguma passagem preferida do livro?
Marco Assef: Tem um capítulo que fala sobre a habilidade do Hidalgo se comunicar nas várias viagens ao exterior sem falar inglês ou outra língua estrangeira. Ele dá o seu jeito e o Luiz Augusto Xavier batizou a forma de comunicação do Hidalgo como o idioma “hidalguês”, que é entendido em todo o mundo. As histórias do uso do “hidalguês” são bem interessantes. Para os torcedores, têm várias passagens dos bastidores do Coritiba campeoníssimo dos anos 1970.
Bem Paraná: Qual foi a maior dificuldade na produção da obra?
Marco Assef: Infelizmente a parte mais difícil de um livro é editá-lo e imprimi-lo, mas contamos com a colaboração fundamental do comunicador e empresário Roberto Hinça, amigo do Hidalgo de muitos anos, que se mobilizou para que obra fosse publicada. Devemos um agradecimento especial a ele.
Bem Paraná: Como foi feita a distribuição do livro?
Marco Assef: Decidimos não vender, por enquanto, o livro em livrarias. Teremos o lançamento no dia 15 e depois várias noites de autógrafos em diversos locais em Curitiba e região metropolitana. Além disso, iremos para São Paulo para um lançamento no Juventus, clube onde o Hidalgo se profissionalizou, e em Piracicaba, onde ele também jogou e foi campeão da segunda divisão de São Paulo.
Bem Paraná: Hidalgo é um dos ídolos da história do Coritiba, mas há poucos livros sobre ídolos do futebol paranaense. Por que você acha que isso ocorre?
Marco Assef: Talvez seja pela dificuldade que é publicar um livro no Brasil. A literatura esportiva paranaense começa a se tornar mais robusta agora com os livros já publicados por gente como Carneiro Neto, Vinícius Coelho, Levi Mulford, Dias Lopes, Josias Lacour, Edilson de Souza, Lycio Vellozo Ribas e outros que eu possa estar esquecendo. Acho que isto vai mudar daqui para frente como mais obras sobre os ídolos do esporte paranaense.
Bem Paraná: Quais outros jogadores do futebol paranaense poderiam ganhar biografias, na sua opinião?
Marco Assef: Tem muitos. O Caju, o Jackson, o Nilson Borges, o Nivaldo, o Fernandinho, todos do Athletico, Ary Marques, Zequinha, Caxias, Marinho, do Colorado; Cláudio Marques, Aladim, Lela, Zé Roberto, do Coritiba, entre outros tantos.
Bem Paraná: Você tem algum outro projeto de livro?
Marco Assef: Já tenho algumas conversas iniciadas com duas ou três pessoas e já recebi um convite para escrever outro, mas ainda nada definido oficialmente.