O técnico do Coritiba, Antônio Carlos Zago, deixou claro que quer um time com mais objetividade e que procure o ataque a todo instante. Depois do empate com o São Paulo, ele voltou a criticar a postura da equipe contra o Sport (derrota em Recife) e elogiou o desempenho no Couto Pereira, no domingo. “Contra o Sport, estávamos estáticos esperando a bola. Não gosto desse ‘tic-tic’ aqui e não progride. O que eu quero é jogar pra frente e jogar entrelinhas”, declarou, em entrevista coletiva. “Melhorarmos desde o jogo passado. Não fizemos uma partida ruim contra o Sport. Procuramos jogar, mas não tivemos tanta profundidade como no jogo hoje (contra o São Paulo)”, comentou.
Sem tempo para treinar, Zago usou vídeos e o diálogo com os jogadores para tentar mudar o estilo de jogo. “Trabalhamos muito em cima de vídeo, de mostrar para os jogadores o que pretendíamos contra o São Paulo, a maneira como a gente gosta de jogar”, disse. Ele destacou os pontos que melhoraram. “Tivemos profundidade e uma saída (de bola) mais rápida de trás. Tivemos construção também, apesar do São Paulo ter mais posse de bola. Acredito que as melhores oportunidades foram do Coritiba”, comentou.
Em relação ao ambiente, o técnico sentiu uma melhora. “O pessoal estava mais pra cima. Houve entrega muito grande dos jogadores em campo. Não só entrega, mas também a maneira de jogar e o posicionamento. Nossa equipe não concedeu muito para o São Paulo. Só chutes de média de distância. O São Paulo não teve uma jogada que saísse na cara do Gabriel. A gente fica contente”, analisou. E destacou que essa reação foi importante após uma onda exagerada de pessimismo, segundo Zago. “Houve uma cobrança muito grande, um pessimismo muito grande por parte de todos, colocando o Coritiba como rebaixado depois de duas partidas. Futebol não é assim. Temos que procurar ser otimistas, principalmente com uma equipe de tradição como o Coritiba”, ressaltou.
Zago também pediu apoio para jogadores jovens revelados nas categorias de base do Coritiba. “Jovens jogadores que estão crescendo, como o Kaio (César) e o Natanael, precisam do carinho da torcida. São jovens e precisam de confiança”, afirmou.