
O técnico do Coritiba, Guto Ferreira, explicou a improvisação do centroavante Adrián Martínez como meia-ponta pela esquerda, na partida da última quinta-feira (dia 20), no Morumbi. Após a derrota por 3 a 1 para o São Paulo, ele demonstrou estar decepcionado com o fraco desempenho da equipe.
Martínez jogou no lugar do ponta Alef Manga, que estava suspenso por cartões amarelos. Ele explicou a opção por Martínez. “Velocidade, tentativa de estar defendendo bem e ter alternativa saída de velocidade. Ele é atacante. É um atacante que se entrega muito, tanto na marcação como no contra-ataque. No primeiro tempo, foi o atacante da nossa equipe que esteve mais perto do gol. Infelizmente não é fácil substituir o Manga nesse momento. Talvez a equipe tenha sentido um pouco também essa questão”, declarou o treinador, em entrevista coletiva.

Contra o São Paulo, o Coritiba começou no esquema tático 4-2-3-1. Fabrício Daniel, que passou a maior parte da carreira jogando como extremo (meia-ponta), atuou como centroavante. No fim do primeiro tempo, Adrián Martínez passou a jogar de centroavante e Fabrício Daniel ficou como extremo.
No segundo tempo, com uma série de substituições, o Coxa adotou outro formato. E Guto apostou no centroavante Cadorini para aproveitar o jogo aéreo. Léo Gamalho ficou no banco e não entrou. E deu certo. Cadorini marcou um gol de cabeça e finalizou também de cabeça outras duas jogadas.
Perguntado sobre o banco para o Léo Gamalho, Guto explicou. “Foi a primeira partida que eu optei pelo Cadorini. É uma questão de opção para o momento. Mobilidade, velocidade. O Léo (Gamalho), dependendo do tipo de jogo, ele é importante. Dependendo o tipo de jogo, você faz opção por outro”, argumentou.
DESEMPENHO
Sobre o desempenho geral da equipe contra o São Paulo, Guto Ferreira demonstrou certa irritação e ironizou. “Eu preciso convencer os nossos adversários a jogar em Curitiba. Não precisa ser em nosso estádio, mas para ver se nossa equipe consegue atuar de acordo com o que jogamos em casa. Eu não tenho, neste momento, o que justificar de comportamento”, declarou, em entrevista coletiva. “Temos que melhorar. Se a gente não melhorar, corre muito risco”, alertou. “Começamos desatentos, sim, e fomos batidos na nossa incompetência”, disse.
Em relação ao jogo contra o Internaciona, domingo, no Couto Pereira, contou que será um desafio. “Temos que avaliar o desgaste. Fizemos um péssimo jogo contra Palmeiras e, em três dias, tivemos uma reação fantástica contra o Bragantino. Andamos contra o Palmeiras. Não jogamos. Aí jogamos muito bem no sintético”, comentou. O Inter não jogou nesse meio de semana e vem sem desgaste físico para domingo. “Vamos ver de que maneira vamos ter uma equipe forte contra uma equipe que folgou no meio de semana e tem um futebol de intensidade. Então temos que nos superar e fazer nosso melhor”, alertou.
Sobre um possível ‘puxão de orelha’ nos jogadores, Guto Ferreira explicou. “Esse é o momento de esfriar a cabeça. Não sou só eu que estou chateado. O grupo todo está chateado. Então hoje não é momento de falar nada. Amanhã você dá uma apertada”, disse.