Técnico do Coritiba indica falta de qualidade e diz que torcedor não entende trocas

"Série A é qualidade. É qualidade. Aqui a gente esbarra em situações", disse ele

Redação Bem Paraná

O técnico Thiago Kosloski, do Coritiba (foto: reprodução de vídeo / TV Coxa)

Penúltimo colocado no Brasileirão, a 11 pontos de sair da zona de rebaixamento. Pior defesa do Campeonato, com 59 gols sofridos em 28 jogos. Pior desempenho em casa na história. Essa é a situação do Coritiba no Brasileirão. O técnico Thiago Kosloski indicou que um dos motivos é falta de qualidade. Além disso, defendeu-se das vaias recebidas no estádio afirmando que o torcedor não vê as razões que o levam a fazer determinadas trocas.

Questionado sobre a defesa, Kosloski discorreu. “Dos números, se pegar friamente, o Coritiba jogou com linha de 4 (defensores), de 5, de 6, com tudo”, disse o treinador, em entrevista coletiva, após a derrota de 2 a 0 para o Palmeiras, no domingo (22). “Vou bater na mesma tecla: Série A é qualidade. É qualidade. Aqui a gente esbarra em situações. A gente sabe, algumas fogem do controle”, afirmou. “Para manter o nível de atuação no segundo tempo, precisa ter jogadores que vão fazer uma entrega dentro do que espera. Mas temos que seguir trabalhando”.

Kosloski ressaltou o problema da qualidade. “Lógico que falta qualidade, estamos na ZR, perdeu para o FC Cascavel no estadual, se não me engano. É o campeonato mais difícil dos últimos anos”, disse ele. “Pelo que estou vendo das equipes, são muito fortes. Não temos nível de elenco compatível com os outros, são bem acima da gente”. Depois, o treinador minimizou. “Quando falo de falta de qualidade, não falo do elenco. Falo de algumas situações especificas, em algumas posições, que a gente precisava ter atletas um pouco mais acostumados com esse tipo de competição”.

O treinador ainda defendeu o atual grupo de jogadores. “Já vi situações de derrotas seguidas. O ambiente vira um caos, pelos egos e vaidades que existem”, falou. “Isso aqui no Coritiba não existe. Os atletas são trabalhadores”.

No domingo, Kosloski foi vaiado pela torcida coxa-branca quando trocou o meia Sebá Gomez pelo volante Fransérgio, aos 35 minutos do segundo tempo, quando o placar já era de 2 a 0. “Quando não se tem resultado, o torcedor fica chateado.  Está na razão dele”, disse, sobre as vaias. “Eu gostaria que o torcedor viesse olhar (o treino), aí acho que ele ia entender o porquê das trocas. Infelizmente o torcedor não está lá para ver, o treinador que é responsável por tomar medidas e decisões cabíveis”.

Kosloski ainda comentou a situação do volante Willian Farias, que sentiu uma lesão muscular e foi vetado pouco antes do jogo. Quem entrou foi Samaris. “Ele (Samaris) é o substituto natural do Willian Farias, de primeiro volante. A posição do Andrey é meia, ele já quebrou galhos mais recuado”, falou o treinador. Segundo ele, Willian deve der condições de jogo diante do Santos, nesta quinta-feira (26). “É uma lesão curável até o jogo do Santos. Ele poderia lesionar (contra o Palmeiras) e piorar. Por isso o Samaris”, finalizou o técnico.