
Jorge Costa, ex-capitão, zagueiro e atualmente diretor do Porto, morreu nesta terça-feira, 5, aos 53 anos, vítima de um ataque cardíaco. Conhecido como o “Bicho”, por sua liderança em campo no período em que defendeu a equipe, foi um dos ícones da conquista da Champions League em 2003/2004, a última de um clube português na competição.
“Jorge Costa deixou-nos. Um de nós, um líder, capitão, exemplo. Um símbolo do Porto”, escreveu o clube português por meio das redes sociais. Rivais, como o Sporting, e a própria Liga Portuguesa lamentaram a morte súbita do ex-jogador na manhã desta terça-feira.
O dirigente chegou a ser levado ao Hospital de São João depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória no CT do Porto, em Olival, mas não resistiu. Ele deixa três filhos, frutos do relacionamento com sua ex-mulher, Isabel. Pelo Porto, disputou mais de 250 jogos, com 17 gols marcados, entre 1992 e 2005.
Homenagem
“Jorge Costa personificou, ao longo da sua vida, dentro e fora de campo, os valores que definem o FC Porto: entrega, liderança, paixão e um inabalável espírito de conquista. Marcou gerações de adeptos e tornou-se um símbolo maior do Portismo”, escreveu o clube. O desempenho pelo Porto o alçou a seleção portuguesa, pela qual disputou 50 partidas ao longo de sua carreira.
Outros clubes
Além do Porto, Costa teve passagens pelo Penafiel e Marítimo ao longo de sua carreira. Antes do título da Champions League e do Mundial com o Porto em 2004, sob o comando de José Mourinho, chegou a ter breve passagem pelo Charlton, da Inglaterra. Em 2006, encerrou sua carreira como jogador no Standard de Liège, da Bélgica.
Antes de assumir o cargo de Diretor de Futebol Profissional do Porto, a convite do ex-treinador e atual presidente do clube André Villas-Boas, Costa teve passagens como treinador do Paços de Ferreira, Braga, da seleção do Gabão, entre outros clubes.
Entrevista
Em 2024, o diretor concedeu entrevista ao Estadão, no qual avaliava os desafios do clube no Mundial de Clubes, no qual enfrentaria o Palmeiras na fase de grupos. O duelo entre as equipes terminou em empate sem gols. “Conhecemos tudo (do Palmeiras) pela ligação natural que temos com o futebol brasileiro, especialmente algumas equipes que têm treinadores portugueses, o que faz com que nosso acompanhamento seja ainda mais minucioso. Não há nada no Palmeiras que nós neste momento não conhecemos”, afirmou, à época.