SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A tradicional Ferroviária se projetou nacionalmente ao chegar às três últimas finais da Copa Paulista. Em 2018, o bicampeonato não veio, mas a derrota para o Votuporanguense valeu ao menos a classificação para a Série D do Brasileiro. Agora o clube espera brilhar no Paulistão para acelerar o ambicioso projeto de “retomar o papel de protagonista no estado”.
A Locomotiva viveu sua era de ouro durante os anos 1960 e 1970. Até hoje é celebrado em Araraquara, em 7 de março, o aniversário da goleada por 4 a 1 sobre o Santos de Pelé, pelo Paulista de 1971. O declínio começou em 1996. Rebaixada, a agremiação grená só conseguiu voltar à elite 19 anos depois.
Falta, no entanto, uma campanha de destaque. Em 2016, o treinador português Sergio Vieira conseguiu um brilhareco -Lula até o elogiou em ligação telefônica posteriormente vazada pela Lava Jato-, mas foi demitido antes de o Paulista terminar.
O novo técnico tem a mesma fama de moderno que os gestores da Ferroviária tanto gostam. Vinicius Munhoz, 39, está no clube desde junho e levou a equipe grená ao vice da Copa Paulista. “Vejo a equipe preparada. O maior objetivo será a performance, a busca incessante por desempenho. Temos visto nas equipes que atingem seus objetivos que o desempenho é essencial”, disse Munhoz.
Nove jogadores que disputaram a última Série B se juntaram à base da Copa Paulista. Falta, na visão do técnico, um atacante. “O setor carece de quantidade para mudar o cenário de jogo.”
FERROVIÁRIA
Apelido: Locomotiva
Fundação: 12/04/1950
Estádio: Fonte Luminosa, com capacidade para 25.172 torcedores
Principal título: 1 Copa Paulista (2006) e 3 Séries A-2 do Paulista (1955, 1966 e 2015)
Melhor colocação: 3º lugar (1959 e 1968)
Colocação no Paulista-2018: 13º lugar
Técnico: Vinícius Munhoz