Hulk Hogan
Hulk Hogan (Crédito: Divulgação/Facebook/HulkHogan)

Hulk Hogan, astro do wrestling profissional e do entretenimento, morreu nesta quinta-feira (24) aos 71 anos, informou a revista U.S. Weekly, citando sua família.

Hogan, cujo nome de batismo era Terry Gene Bollea, teria sofrido uma parada cardíaca em sua casa em Clearwater, na Flórida.

Ele ganhou notoriedade no cenário da luta livre em meados dos anos 1980 e 1990, nos Estados Unidos, em eventos da WWE e da WCW (World Championship Wrestling), em que se sagrou campeão 12 vezes.
O sucesso em cima dos ringues com suas apresentações performáticas o levaram a fazer participações em filmes e séries de TV, como Rocky 3.

Guerra contra mídia

Fora dos ringues e da TV, Hulk Hogan protagonizou uma batalha judicial contra a Gawker Media, grupo americano que reunia sites de notícias.

Uma das páginas publicou em 2012 um vídeo que mostrava o lutador fazendo sexo. O processo dele contra o grupo, patrocinado por um bilionário que havia declarado guerra aos sites, foi encerrado em 2016. A Gawker Media foi condenada a pagar uma indenização de US$ 140 milhões (R$ 773 milhões, na cotação atual) a Hogan. Um acordo acabou sendo feito posteriormente.

Condenação

A condenação levou o grupo à concordata. O elenco de sites da Gawker, que incluíam o Gizmodo, o Jezebel e o Deadspin, foi vendido à Univision Communications por US$ 135 milhões (R$ 745 milhões, na cotação atual), excetuado o site principal, o Gawker.com, que fechou as portas.

O processo de Hogan representou uma colisão entre a primeira emenda à constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão e de imprensa, e a 14ª emenda, que protege o direito à privacidade.

O caso e outras questões mais amplas referentes à primeira emenda tornaram-se tema de debate na campanha presidencial de 2016, depois que o então candidato Donald Trump anunciou planos de reformar as leis sobre difamação e facilitar processos contra a mídia.