Morre Ruy Carlos Ostermann, ícone do jornalismo, aos 90 anos

Lycio Vellozo Ribas, com agências
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Ruy Carlos Ostermann. Foto: reprodução / Instagram

O jornalista gaúcho Ruy Carlos Ostermann morreu na noite desta sexta-feira (27), aos 90 anos. Ele estava internado com dengue desde maio, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Familiares confirmaram a informação no perfil do escritor no Instagram. O velório será neste sábado (28), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Natural de São Leopoldo (RS) em 26 de setembro de 1934, Ostermann foi professor de filosofia em um colégio e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhando como assistente do professor Ernani Maria Fiori até 1964, quando ambos foram cassados pela ditadura miliar.

Ruy Carlos Ostermann começou sua carreira jornalística trabalhando na Companhia Jornalística Caldas Júnior, onde ingressou em 1962. Na empresa, trabalhou na Rádio Guaíba, Folha da Tarde, Folha da Manhã e Folha da Tarde esportiva. Sua primeira cobertura de Copa do Mundo foi em 1966, realizada na Inglaterra, por trabalho, pela Rádio Guaíba. No ano de 2014, Ruy fez a cobertura do seu 13° mundial na carreira.

Em 1978, ingressou na Rádio Gaúcha para chefiar o Departamento de Esportes. Ostermann foi participante e depois âncora do Sala de Redação, tradicional programa de debate da Rádio Gaúcha, por 33 anos.

O Professor também foi um escritor marcante e autor do livro ‘Felipão, a Alma do Penta’, sobre o técnico da conquista da Copa do Mundo de 2002. Escreveu um livro sobre o Internacional (‘Meu coração é vermelho’, de 1999) e um sobre o Grêmio (‘Até a pé nós iremos’, de 2000). Teve duas legislaturas como deputado estadual duas vezes (em 82 e 86) e ocupou os cargos de secretário de Ciência e Tecnologia e de Educação do Rio Grande do Sul, no governo Pedro Simon.