O Paraná Clube apresentou na sexta-feira — dia em que o clube completou 19 anos de fundação — o Ninho da Gralha. O Centro de Treinamento, que será exclusivamente volta às categorias de base, ainda está em obras e só começará a operar em 1º de fevereiro, segundo a previsão da diretoria.
Uma das vantagens do Ninho da Gralha, em relação a outros CTs, é a proteção especial aos jovens talentos. “Aqui eles ficarão blindados”, afirmou Marlo Litwinski, vice-presidente das categorias de base e sócio da empresa Base. “Só terão visitas fechadas”, declarou.
O objetivo é evitar o contato dos futuros atletas com o oportunismo de empresários e os vícios de jogadores profissionais. “Há uma distorção em outros CTs. É complicado um garoto de 13 anos convivendo com o jogador profissional de 33 anos”, comentou Litwinski. “Os 40 maiores clubes do Brasil têm CT, mas só cinco ou seis têm um CT exclusivo para as categorias de base, como é o nosso”, disse.
Quando estiver concluído, o CT terá oito campos oficiais de futebol e 110 alojamentos dedicados apenas para os jogadores de 10 a 19 anos de idade. Na Vila Olímpica do Boqueirão, espaço que vem sendo utilizado atualmente pelas categorias de base, são apenas 45 dormitórios e dois campos — um deles de tamanho reduzido. A partir de fevereiro, o local passará a ser usado pelo time profissional, que tem treinado — e danificado o gramado — na Vila Capanema.
O Ninho da Gralha não será luxuoso como o CT do Caju, do Atlético. Mas vence o rival em outro aspecto, segundo Litwinski. “Nenhum outro CT tem a funcionalidade do Ninho da Gralha”, garantiu. “Visitamos vários CTs para projetar o nosso e corrigimos os defeitos que vimos nos outros”, declarou. Entre os locais visitados, estão os CTs do Coritiba, do Atlético-PR e o do São Paulo, além do centro de treinamento em Águas de Lindóia, propriedade do ex-jogador Oscar.