Paraná Clube

Advogado entra com recurso para absolver o clube

Itamar Cortes, que defende o Paraná Clube, levará o caso ao Pleno do STJD para anular a multa ou reduzir o valor

Silvio Rauth Filho

O advogado Itamar Cortes, que defende o Paraná Clube na esfera esportiva, afirmou nessa sexta-feira (dia 25) que entrará com recurso para levar o caso de racismo para o Pleno (instância máxima) do STJD. Vamos tentar a absolvição. Se não for possível, pelo menos a redução da multa, declarou.

O recurso será protolocado na próxima semana. A tendência é que o caso seja julgado no Pleno daqui a 15 ou 20 dias. A procuradoria do STJD também poderá recorrer, para tentar o aumento da multa. No entanto, está descartada a possibilidade de pedir a exclusão do time da Copa do Brasil.

O Paraná terá uma chance maior de conseguir a absolvição caso o torcedor acusado de racismo for identificado e prestar depoimento à Polícia Civil, que instarou inquérito sobre o caso.

O caso tem uma controvérsia, se um ou dois torcedores xingaram Marino na Vila Capanema. No depoimento, o Marino disse que foi um. Depois, disse que foram dois. As testemunhas também: algumas dizem que foi só um e outras que foram dois, explicou Itamar.

Para os auditores da comissão disciplinar do STJD, que julgaram o caso nessa sexta-feira, o número de torcedores é indiferente. Para eles, não importava se era um ou dois, contou o advogado do Paraná. O Código (CBJD) fala em torcida. No julgamento, expliquei que o termo torcida representa um grande número de torcedores, não apenas um ou dois, afirmou.

A defesa do Paraná levou ao STJD o presidente do clube, Rubens Bohlen, que falou aos auditores e contou como o clube prestou apoio a Marino no dia do incidente. Também mostrou as campanhas de combate ao racismo promovidas pelo clube.

O caso teve uma repercussão positiva, fortalecendo esse combate ao racismo. Mostramos isso no tribunal, contou Itamar. O advogado também usou como argumento no julgamento a história do Paraná Clube, que tem na sua origem o Colorado, o Boca Negra .

Itamar também levou ao STJD, para contribuir com o julgamento, o delegado Fabio Lopes, da Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol). Foi ele quem atendeu o jogador Marino, do São Bernardo, na Vila Capanema e instarou o inquérito.