Allexandre Fellipe / Paraná Clube – O técnico do Paraná

Dificilmente o termo “jogar contra tudo e todos” fez tanto sentido para o Paraná Clube quanto a partida deste domingo (29), contra o São José, em Porto Alegre, pela 14ª rodada da Série C. O time paranaense está ameaçado pelo rebaixamento à quarta divisão nacional, acusa salários atrasados, sofre pressão da torcida e jogará fora de casa contra um mandante invicto.

Na Série C, os dois últimos colocados de cada grupo caem para a quarta divisão. O Paraná está em 9º lugar, com 10 pontos, três atrás do São José. Por causa dos critérios de desempate o time paranaense precisaria vencer por dois gols de vantagem para tomar a 8ª posição do adversário. Se perder, a diferença abre para seis pontos. O Mirassol, atual 7º colocado, tem 16 pontos. Depois dessa partida, faltam apenas quatro rodadas para o fim da fase de grupos. Segundo o site Chancedegol, a possibilidade do Paraná ser rebaixado é de 81,9%.

Para piorar, o Paraná está há seis jogos sem vencer. São três empates e três derrotas no período. E o São José ainda não perdeu como mandante na Série C – soma três vitória e três empates. Além disso, o time gaúcho manda suas partidas no estádio Passo d’Areia, que tem uma grama sintética mais similar à das canchas de pelada de fim de semana que de pisos como o da arena da Baixada ou o Allianz Arena, do Palmeiras.

Nesta sexta-feira (27), torcedores do Paraná foram à Vila Capanema acompanhar o treino. De modo geral, eles protestaram contra os dirigentes e prestaram apoio aos jogadores. A delegação embarca neste sábado (28) para Porto Alegre. “Jogar aqui não está fácil. São meses de salários atrasados e não temos nenhuma posição da diretoria. Mas temos nossa honra, nosso caráter e nossa torcida”, disse o goleiro Bruno Grassi, ao fim do treino.  

Para este domingo, o técnico Sílvio Criciúma vai poder escalar todos os titulares na partida. O zagueiro Jonathan Costa volta após cumprir suspensão. O treinador vem usando o esquema tático 4-2-3-1, com o ponta Sillas improvisado como meia centralizado, entre os pontas Eberê e Vinícius Moura. A provável escalação é Bruno Grassi; Alex Murici, Jonathan Costa, Vinicius Guarapuava e Danilo; Kriguer e Moisés Gaúcho; Vinícius Moura, Sillas e Eberê; Reis.