
A derrota para o Figueirense, na última segunda-feira (dia 16), deixou o Paraná Clube com 81% de risco de rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro, segundo cálculo do Chancedegol. E a situação crítica do time na Série C é apenas o retrato de um clube cercado de incertezas.
Ainda não há definição sobre a parceria com a FDA Sports. A empresa começou a trabalhar com o futebol do clube em junho, mas não houve um anúncio oficial por parte dos envolvidos, nenhuma entrevista ou manifestação de dirigentes e empresários. O Paraná só tornou pública a relação com a empresa em 13 de agosto, quando o site oficial do clube publicou uma nota revelando que dirigentes convocaram uma reunião com a FDA Sports para “esclarecimentos”.
O clube e a empresa não passaram informações aos torcedores e coube à imprensa descobrir que a FDA Sports está com os pagamentos atrasados.
Além da falta de transparência, a relação entre empresa e clube deixou o departamento de futebol em situação complicada. O técnico Sílvio Criciúma perdeu o meia Gabriel Pires por lesão em 13 de julho. Ele é o único do elenco que atua como meia ofensivo centralizado. Até agora, a diretoria não buscou no mercado um suplente. E, nessa segunda-feira (dia 16), o treinador revelou que Pires não joga mais na temporada 2021.
A falta de um jogador dessa função é apenas um dos problemas. O Paraná passou a ver um desmanche do elenco. Dos reforços contratados para a temporada 2021, 19 já foram embora. E Sílvio Criciúma não tem recebido peças de reposição. “Eu queria que tivesse reforços, não somente de atletas, mas de uma condição de trabalho mais positiva. Só que eu não vou reclamar, se eu ficar lamentando eu vou deixar de trabalhar, deixar de tirar o melhor daqueles atletas que eu tenho à disposição”, afirmou o treinador, para a Banda B. “Estamos ficando com grupo reduzido pelas saídas, a indefinição da administração do clube, a parceria, a eleição… são interrogações”, lamentou o técnico.
Na parte política, a chapa liderada por Rubens Ferreira Silva, o Rubão, foi eleita em 9 de agosto e avisou que pretende começar o quanto antes o processo de transição. A posse está marcada apenas para 21 de dezembro. Até lá, o clube será administrado por Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, com o vice Aryon Alex Cortiano e o gestor financeira Osman Luiz Tomasi.