O leilão da sede social do Paraná Clube, na Avenida Presidente Kennedy, terminou sem lances. O pregão aconteceu de forma online, de 23 de feveireiro a 9 de março, e o fechamento ocorreu nessa segunda-feira (dia 9) às 14 horas. O valor inicial era de R$ 62,4 milhões, mas não apareceram interessados. Um novo leilão está marcado para 23 de março, agora com valor inferior. A norma fala em 50%, mas a Justiça determinou que o lance não pode ser inferior a 60% da avaliação. Dessa forma, o mínimo será R$ 37,4 milhões.
Na semana passada, o Paraná Clube foi à Justiça para tentar suspender o leilão, mas não conseguiu. O clube alegava que o terreno não poderia ser vendido ou leiloado por ter sido uma doação.
A 15ª Vara Federal de Curitiba determinou o leilão para pagar uma dívida do clube com o Banco Central, de aproximadamente R$ 35 milhões. O motivo são supostas irregularidades nas transferências internacionais de jogadores nos anos 90 e 2000, como as vendas do meia Ricardinho para o Bordeaux e do atacante Ilan para o Sochaux, ambos da França. O banco alega que o clube infringiu regras de conversão de valores nas duas negociações.
A dívida total do clube é de R$ 141 milhões.
Patrimônio
Nos últimos anos, o Paraná perdeu outros três imóveis por dívidas: a sub-sede do Boqueirão (leiloada por R$ 9 milhões), o CT Ninho da Gralha e a sub-sede do Tarumã (leiloada por R$ 30 milhões).
O clube ainda possui hoje a sede social da Kennedy e o estádio Erton Coelho Queiroz (Vila Olímpica do Boqueirão). Já o estádio Durival Britto e Silva, a Vila Capanema, é usada pelo clube graças a um acordeo de concessão de 30 anos com a União, que é proprietária do imóvel.