Novo técnico do Paraná Clube fala sobre má fase na carreira, reforços, estilo de jogo e metas

Silvio Rauth Filho

Técnico Fahel Junior é apresentado pelo Paraná Clube, na Vila Capanema (Crédito: Robson Mafra)

Fahel Júnior, 59 anos, foi apresentado na manhã dessa segunda-feira (dia 29), na Vila Capanema, como novo técnico do Paraná Clube. Ele chega sozinho para substituir o técnico Marcão, demitido na sexta-feira. O restante da comissão técnica do Paraná Clube foi mantida: auxiliar Gabriel Saroli, analista Luiz Fernando de Paula, preparador físico Rodolfo Mehl e preparador de goleiros Cassius Hartmann.

O novo treinador vive má fase na carreira. Em 2023, trabalhou no Lemense, da segunda divisão (Série A2) do Campeonato Paulista, e na Matonense, na terceira divisão do Paulista (Série A3). Por esses dois clubes, somou 1 vitória, 3 empates e 7 derrotas, segundo informações do site Ogol. “Na Matonense trabalhei toda pré-temporada, por dois ou três meses. Eu decidi sair depois de dois jogos por questões inerentes ao futebol, por coisas que eu não concordo”, explicou Fahel.

No entanto, em outras temporadas, Fahel viveu bons momentos em clubes de São Paulo. Em 2008, por exemplo, foi campeão da segunda divisão do Paulistão com o Santo André.

Na segunda divisão do Campeonato Paranaense, o Paraná é o 7º colocado, com 5 pontos em 5 jogos. Os quatro primeiros se classificam para as semifinais.

Em entrevista coletiva, Fahel falou sobre a possibilidade de contratação de reforços, sobre a qualidade do elenco do Paraná Clube e sobre seu estilo de jogo.

REFORÇOS
“Foi montado um grupo para chegar, para estar na primeira colocação”

“Sobre reforços, vamos conversar. O elenco é bom”

“O São Paulo não mudou grande coisa no elenco, mas mudou treinador, mudou a postura e está em boa posição no Brasileirão”

“Atletas que estão aqui foram procurados por clubes das Séries D, C e até da B do Brasileirão”

ESTILO DE JOGO
“Gosto de time com muita intensidade, com velocidade, que busque o gol o tempo todo”

“Trabalho com muitas transições, ofensivas e defensivas”

“Equipes trabalhei tiveram o melhor ataque e o artilheiro”

METAS
“É tiro curto. Temos quatro jogos. É importante estar no G4, mas é importante ser o primeiro colocado”

“Tenho cinco dias para treinar e quatro jogos para classificar”

PROPOSTA DO PARANÁ CLUBE
“Uma oportunidade como essa de trabalhar no Paraná Clube é muito importante”

“O Paraná não é dessa divisão. Todo mundo sabe da história desse clube”

HISTÓRIA DO TÉCNICO
Quando jogador, foi goleiro e passou pela base de São Paulo, Palmeiras e Corinthians.

Fahel começou a carreira de treinador em 2008, no Santo André. Depois trabalhou por Noroeste, São José, Sertãozinho, Rio Claro, Confiança, Ituano, Duque de Caxias, Rio Branco-SP, Votuporanguense, Água Santa, Flamengo-SP, XV de Piracicaba, sub-20 do São Caetano, Comercial-SP, Juventus-SP, Velo Clube e Caldense.

Como técnico, foi com Fahel que o Rio Claro teve a melhor participação em Campeonato Paulista (2014) e garantiu o artilheiro da competição. O ataque da equipe, naquele ano, só perdeu para o time do Santos em número de gols da primeira fase.

Ano passado, à frente do Velo Clube, levou a equipe à classificação inédita às oitavas de final da A2, sendo eliminado da competição depois de 12 cobranças de pênaltis. Depois experimentou o futebol mineiro, no comando da Caldense.

No Japão, trabalhou no Maebashi Ikuei (1995/2002), Thinzey Gakuin (2002), Seyryo Gakuin (2002/2003), Hokuetsu Gakuin (2004) e Albirex Nigata (2005). Foi também professor de treinadores japoneses, contratado pelo governo local.