Paraná Clube tem Ato Trabalhista renovado e redução no salário do presidente

Redação Bem Paraná

Geraldo Bubniak - Leonardo de Oliveira: presidente do Paraná e interventor nomeado pela Justiça

O Paraná Clube renovou por mais 12 meses o Ato Trabalhista. A decisão, assinada mais uma vez pelo juiz Jose Wally Gonzaga Neto, da Justiça do Trabalho. O clube deverá apresentar contas a cada dois meses.

O presidente do clube, Leonardo de Oliveira, continua como administrador judicial (um interventor). Antes, ele recebia uma remuneração mensal de R$ 25 mil por essa função judicial, com valor estabalecido pela Justiça do Trabalho. Agora, o valor foi reduzido para R$ 12,5 mil mensais, a pedido do próprio Leonardo de Oliveira. Os presidentes dos clubes não recebem salários. Nesse caso, essa remuneração é uma determinação do Judiciário, para a função de administrador judicial.

O juiz justificou a renovação do Ato Trabalhista elogiando a eficiência da intervenção, que diminuiu o passivo trabalhista e melhorou a administração financeira do clube. A finalidade do Ato é destinar 20% da arrecadação total para quitar dívidas na Justiça. Os demais 80% são usados para o pagamento de despesas do funcionamento do clube (salários e outros custos).

O Ato Trabalhista começou em março de 2018. Mesmo com os atrasos salariais, a Justiça decidiu continuar com a intervenção. Atualmente, o clube tem salários atrasados desde outubro, com alguns casos iniciando em setembro e outros em julho.

Na decisão que renovou o Ato, o juiz falou sobre o assunto. “Solicito que Oliveira transmita a todos os empregados e demais prestadores de serviços do Paraná a mensagem de que a sua frustração com o atraso salarial é compartilhada comovidamente por este magistrado, que tem feito o possível para resolver a situação com a urgência necessária. O pagamento dos salários em dia é a prioridade absoluta que move todo e qualquer ato deste magistrado”, declarou o juiz.

O Ato Trabalhista tinha um total de 554 processos. Até agora, 325 foram resolvidos — ou seja, redução de 60%. Outras 66 ações seguem em penhora. Mais 163 ainda não foram penhoradas. Segundo o juiz, a intervenção no Paraná apresentou um “resultado altamente satisfatório para todas as partes” pela alta taxa de conciliação, pagamentos à vista e queda de 30% do passivo trabalhista.