
Após a derrota do Paraná Clube por 3 a 0 contra o Operário, em plena Vila Capanema, Rubens Ferreira Silva, o Rubão, presidente do Tricolor, fez um pronunciamento à torcida paranista. Segundo o dirigente, sua intenção era manter o técnico Jorge Ferreira no cargo mesmo após a goleada, mas o treinador já não queria mais ficar no cargo. Além disso, Rubão também desabafou sobre ameaças que ele, sua família e membros da diretoria teriam recebido por conta da má fase do time.
Primeiramente, o presidente do Paraná fez questão de ressaltar que não havia feito contato com nenhum técnico durante a última semana. “Continuamos acreditando no Jorge [Ferreira]. Vou falar bem rápido que uma montagem de elenco sempre é um risco. O elenco é montado e nem sempre dá liga. Vamos citar, por exemplo, o que aconteceu com o Grêmio na primeira divisão, um elenco de estrelas”, disse o mandatário, citando o rebaixamento do Tricolor gaúcho na últim temporada. “Em relação ao comando técnico, eu fui ao vestiário, conversei com o Jorge. Queria continuar com ele, mas ele disse: ‘Rubens, eu amo demais esse clube. Então, em benefício do próprio clube, eu deixo essa instituição’. Eu tentei demovê-lo, poderia estar de cabeça quente, para pensar no final de semana, mas a decisão dele foi categórica”, explicou ainda Rubão.
Dessa forma, Jorge Ferreira já não é maios o técnico paranista. “Agora, além de todos os problemas que nós temos no dia a dia do clube, temos que sair na busca de um outro profissional. Mas tenho certeza que não [teremos de buscar nomes] apenas para o corpo técnico, vamos ter de buscar algumas peças para fazer a reposição. Hoje, do time titular, nós não tínhamos cinco ou seis atletas e eu não posso jogar toda a responsabilidade nos ombros dos meninos das categorias de base, que amam esse clube como o Jorge e como eu”, disse ainda o presidente paranista.
Por fim, Rubão ainda destacou que ele e sua diretoria estão conscientes da necessidade de o Paraná conseguir uma boa colocação no Campeonato Paranaense. “Vamos continuar buscando esse objetivo. E aquelas pessoas que no calor do resultado vieram me ofender ou me ameaçar, que vai na minha casa, que vai me matar, que vai pegar meus filhos, eu só dou um conselho para eles: pense nas atitudes que são tomadas. Hoje você ficar atrás de um teclado é muito fácil. E as consequências também serão tomadas. Estou aqui como presidente para tentar fazer o melhor pelo Paraná. Não aceitarei em hipótese nenhuma ameaça à minha família ou aos membros da diretoria. Isso não é papel de gente civilizada. Eu tenho 68 anos, 48 anos de vida profissional. Eu sou civilizado, acima de tudo”, desabafou o mandatário.