Valquir Aureliano

Após a derrota do Paraná por 1 a 0 diante do Maringá, neste sábado (29 de janeiro), o técnico Jorge Ferreira não poupou críticas ao desempenho de sua equipe e à atuação anêmica dos jogadores paranistas no estádio Willie Davids. Na visão do treinador, o time sofreu não só pela falta de organização, mas também pela falta de concentração e até mesmo de vontade e atitude.

“Dos três jogos [até aqui no Campeonato Paranaense], foi o que mais a gente deixou a desejar, não só na questão de organização de equipe, mas também muito em relação à concentração, muito em relação a vencer os duelos individuais, muito em relação a um pouco até de falta de atitude, principalmente no primeiro tempo, e a gente tem que mudar isso imediatamente para que a gente não venha a sofrer novamente do jeito que a gente sofreu. A gente pode pecar por outros aspectos, mas acho que falta de vontade é algo que a gente não pode admitir e vamos conversar para resolver isso pro próximo jogo”, disse Jorge Ferreira em entrevista coletiva.

Ainda segundo o comandante paranista, a cobrança no intervalo da partida foi forte, até mesmo porque antes do jogo a comissão técnica já havia alertado os jogadores para não deixar a guarda baixar. 

“A tendência do ser humano depois do êxito é se acomodar um pouco no próximo jogo e isso nós conversamos, alertamos para que não acontecesse. Infelizmente aconteceu no primeiro tempo, quando sofremos muito, e, claro, mérito também da equipe do Maringá, mas não podemos baixar tanto assim o nível de competitividade”, criticou ainda o treinador, que tratou de assumir para si a responsabilidade pelo mau desempenho coletivo. “Precisa de mais vontade para vencer os duelos. Segundo tempo conseguimos competir mais, criamos algumas oportunidades, mas não foi o suficiente para controlar o jogo. E isso passa muito por concentração também. Claro que tem a parte física, mas independente de qualquer coisa a responsabilidade é toda minha.”

Reforço para o ataque

Uma carência já identificada no elenco paranista, ainda segundo Ferreira, é na função de ataque, um camisa nove, atacante de referência. E segundo o técnico, a diretoria do clube e também o parceiro (a L.A. Sports) já estão trabalhando para suprir essa necessidade – o atacante Matheus Batista, contratado para desempenhar essa função, acabou deixando o clube um mês após ser anunciado e antes mesmo de estrear, rumando para o Caxias, do Rio Grande do Sul.

“É algo que nós já identificamos desde o primeiro jogo, contra o Athletico Paranaense [a necessidade de buscar um camisa 9, um atacante de referência]. É, sim, um fator para que a gente não consiga montar a equipe no campo do adversário e isso faz com que a bola bata lá na frente e volte muito rápido. Claro que passa muito por característica, não é uma deficiência do Pablo, que vem nos ajudando e desempenhando um bom trabalho nesses três jogos. Existem jogos que precisamos reter mais a bola no campo ofensivo para sair com mais tranquilidade, montar a equipe no campo adversário e chegar no gol, ter uma equipe mais compacta no campo adversário.”