O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) julgou nessa quinta-feira (dia 6) o pedido do FC Cascavel para que fosse declarado vencedor da partida contra o Paraná Clube. O jogo, que terminou empatado em 0 a 0, ficou marcado pelas seis substituições realizadas pelo time de Curitiba. A regra limita a cinco substituições.
O Cascavel não queria a anulação da partida, como prevê a legislação. O clube do Interior entende que seria prejudicado se o jogo fosse anulado e remarcado.
O caso foi julgado nessa quinta-feira pelo Pleno do TJD-PR. Dos sete auditores, seis entenderam que não havia motivos para atribuir os três pontos da partida para o Cascavel. Com isso, o placar de 0 a 0 está mantido. Só um auditor concordou com a argumentação do clube do Interior.
O placar de 0 a 0 está mantido por enquanto. O caso ainda terá um novo julgamento, provavelmente na próxima semana. Dessa vez, o caso será com base em denúncia apresentada pela Procuradoria do TJD-PR.
Cascavel
O clube do Interior divulgou nota sobre o caso – clique aqui para ler.
Especialista
O advogado Edson Facchi, especialista em Direito Desportivo, explicou antes do julgamento que não acreditava na perda de pontos. Clique aqui para ver a argumentação.
Arbitragem
Um dia após o jogo, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) afastou por tempo indeterminado toda a equipe de arbitragem que trabalho no empate entre Paraná Clube e FC Cascavel: o árbitro André Ricardo Martins, os assistentes Leandro Polli Glugoski e Lucas Henrique Gowatiski, o quarto árbitro Matheus Scavinski, o delegado Vinicius Santos Gregório e o assessor/inspetor Luiz Alberto Alves de Abreu.
“Tal medida se deve ao grave equívoco cometido na partida, em que foram realizadas seis substituições pela equipe mandante, sendo que apenas cinco trocas são permitidas. A FPF informa ainda que está tomando as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades”, informou a Federação, na ocasião.
Explicação
Logo após o jogo, em entrevista coletiva, o técnico Tcheco foi perguntado sobre a sexta substituição e apresentou sua explicação. “A contagem era de acordo com os papéis. Eles vêm todos grudados, nós tínhamos esse número. Não quero tirar nossa responsabilidade, volto a dizer, mas devido a esse número a mais de papel, nós fizemos essa operação”, disse.