Muro em homenagem a Maurinho, na Vila Capanema (Crédito: Robson Mafra)

A torcida organizada Fúria Independente (TFI) convocou para o próximo sábado (dia 5) um protesto às 14 horas, na Vila Capanema. A manifestação é contra a impunidade para os responsáveis pela morte de Mauro Machado Urbim, o Maurinho, que era presidente da TFI e faleceu há um ano, em agosto de 2022.

O protesto será em frente à homenagem a Maurinho nos muros da Vila Capanema, do lado da Engenheiros Rebouças.

Maurinho morreu em 1º de agosto, após ser pisoteado na cabeça por um cavalo da Polícia Militar, na Vila Capanema, durante jogo contra o Cascavel. Clique aqui para lembrar o caso.

Representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil apresentaram o inquérito sobre o caso em 1º de setembro de 2022.

Advogadas contratadas pela família de Maurinho contestaram a versão das autoridades.

A TFI publicou texto convocando para a manifestação de sábado:

“Hoje completa um ano desde o dia em que a vida do nosso presidente, Mauro Machado Urbim, foi arrancada por aqueles que deveriam nos proteger.

A ausência dele em nossas vidas é imensa, causando uma profunda dor para seus familiares, amigos e, especialmente, para toda a nossa Torcida.

Recordamos com carinho suas palavras inspiradoras e seu incansável trabalho em prol do Paraná Clube.

O som da sua voz rouca ainda ecoa em nossos pensamentos e nos celulares daqueles que têm a oportunidade de ouvir áudios e assistir vídeos que registraram esses momentos preciosos.

Frequentar a sede nunca mais foi a mesma coisa para aqueles que tinham um contato mais próximo com o Maurinho. O carro dele não desce mais a rua da sede e estaciona ali na frente.

Não o encontramos mais para cumprimentar e dar um abraço. O espaço daquela piada que ele sempre fazia ainda está lá e o silêncio angustiante da falta da sua presença nos traz tristeza na mesma proporção que nos traz raiva.

E essa fúria se dá pela morte brutal e covarde de Mauro pelas mãos da Polícia Militar do Estado do Paraná, tratada com completo descaso pela instituição responsável pelo homicídio.

O laudo do IML – de difícil leitura para os amigos do Mauro – escancara dois fatos: a causa da morte, pelo pisão do cavalo guiado pelo policial militar e o descaso da corporação em tomar as devidas providências.

O assassino segue solto e recebendo salário pago com os nossos impostos. É o bolso de todos os amigos que o Mauro tinha em nosso estado que sustentam aquele que tirou a sua vida.

A morosidade do sistema judicial é um desrespeito à memória de Mauro e à dor de seus entes queridos.

As práticas medievais da Polícia Militar seguem ocorrendo, mesmo após matarem covardemente o nosso presidente.

E é pela vida do Maurinho, por respeito aos seus familiares e por justiça, que nos reuniremos neste sábado, 13h, em frente ao local onde o servidor do estado do Paraná assassinou o nosso amigo.

Todos aqueles que passarem pelo local, ao olhar para o lado, verão a imagem do Mauro cantando pelo tricolor da vila.

Mas o canto dele não é mais apenas pelo Paraná Clube. É um grito por justiça. É a marca de que jamais nos esqueceremos dele e jamais nos esqueceremos dessa covardia.
JUSTIÇA POR MAURINHO
PRA CIMA!”