Seleção Brasileira de Vôlei de Surdos treina em Curitiba de olho nas Surdolimpíadas e apoio para viajar

Mas falta de recursos pode comprometer participação no Japão

Editado por Mario Akira
selecao brasileira de surdos

Seleção Brasileira Feminina de Vôlei de Surdos (Divulgação)

No próximo fim de semana, o sábado e domingo (12 e 13), Curitiba recebe a Seleção Brasileira Feminina de Voleibol de Surdos que faz treinos e um amistoso como parte da preparação para a Surdolimpíadas de 2025, que será realizada de 15 a 26 de novembro, em Tóquio, no Japão.

As atividades acontecem no Complexo Esportivo Tarumã, no bairro Tarumã. O treino é aberto ao público.

A equipe busca apoio financeiro para garantir a viagem e a participação na competição. A maioria das jogadoras é amadora e concilia o esporte com trabalho e outras atividades.

As atletas são surdas, com perda auditiva acima de 55 decibéis. Algumas utilizam aparelhos auditivos ou implantes cocleares, umas sinalizadas e outras oralizadas.

Entre os destaques está a central Natália Martins, a Nati, que já defendeu a Seleção Brasileira principal em três oportunidades. A última foi em 2014, no Torneio de Montreux, na Suíça, quando ficou conhecida por abaixar o volume do aparelho auditivo para não ouvir as broncas do técnico Zé Roberto. Na Seleção de Surdos, desde 2016 — a primeira foi no Pan-Americano de Surdos quando sua experiência profissional deu visibilidade à equipe formada majoritariamente por atletas amadoras. Desde então tem sido pioneira em busca de visibilidade para a comunidade surda no esporte voleibol

A equipe deve embarcar para o Japão nos primeiros dias de novembro para aclimatação em uma cidade próxima à capital. O planejamento é chegar a Tóquio no dia 14 de novembro, mas a falta de recursos pode comprometer a participação.

“É um sonho para todas disputar a Surdolimpíadas. Já que não pude ter a oportunidade de disputar uma Olimpíada, esse sonho virou meu também. No ano passado conseguimos alguns patrocínios, mas perdemos metade deles. Fizemos rifas de camisas doadas pelas meninas do vôlei e minhas também, mas o financiamento coletivo não atingiu a meta. Só de passagens são quase dez mil reais por atleta. Estamos em busca de parceiros que possam nos ajudar a tornar esse sonho realidade”, explica Nati, única jogadora profissional da equipe, atualmente na equipe de Haro, na Espanha.

Interessados em ajudar podem entrar em contato pelo e-mail: natimartinsoficial@hotmail.com

Serviço
Treino de Voleibol — Seleção Brasileira Feminina de Voleibol de Surdos
12/07 (sábado) — das 09h às 17h (amistoso às 16h)
13/07 (domingo) — das 08h30 às 11h30
Ginásio do Tarumã — Av. Victor Ferreira do Amaral, 1749 — Tarumã, Curitiba (PR)