O confronto entre Botafogo e Paris Saint-Germain, válido pela segunda rodada do Grupo G do Mundial de Clubes, na quinta-feira (19), vai além de um duelo dos atuais campeões da Copa Libertadores da América e da Liga dos Campeões da Europa. O encontro, marcado para às 22h (de Brasília), colocará frente a frente dois dos personagens mais controversos e influentes do futebol internacional nos últimos tempos. Um deles, o norte-americano John Textor, dono do Botafogo; outro, o catariano Nasser Al-Khelaifi, do PSG.
Em lados opostos dentro de campo, os mandatários de Botafogo e PSG já protagonizaram um embate público fora dele. Em julho de 2024, durante uma reunião da Associação Europeia de Clubes (ECA), da qual Al-Khelaifi é presidente, Textor acusou diretamente o dirigente catariano de conflito de interesses, por sua atuação conjunta no PSG – um clube financiado pelo Estado do Catar – e na própria ECA, entidade que deveria representar os interesses coletivos do futebol europeu.
O atrito virtou notícia em diversos veículos europeus e o clima no encontro ganhou a descrição de “hostil”. Textor deixou a reunião visivelmente irritado após ter sido interrompido por Al-Khelaifi em seu discurso. As divergências ideológicas entre os dois sobre o futuro do futebol europeu ficaram expostas, com o empresário norte-americano defendendo maior equilíbrio financeiro e mais voz para clubes independentes.
Reaproximação
Desde então, no entanto, os dois protagonistas ensaiaram um movimento de reaproximação institucional. Em maio, Textor esteve no Parque dos Príncipes para acompanhar in loco o duelo entre PSG e Arsenal pela Liga dos Campeões. Pouco tempo depois, recebeu um convite de Al-Khelaifi para estar presente na final do torneio. Uma tentativa de amenizar a tensão e abrir espaço para o diálogo.
Enquanto o PSG entra em campo como favorito e representando o futebol europeu de elite, o Botafogo chega embalado após a vitória sobre o Seattle Sounders por 2 a 1. O time francês derrotou o Atlético de Madrid por 4 a 0. O saldo de gols poderá ser fator decisivo no Grupo B para a classificação às oitavas de final do Mundial de Clubes.