O apito inicial da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025, realizada nos Estados Unidos, marcou não só o começo da disputa esportiva, mas também o início de uma maratona logística para acomodar milhares de torcedores internacionais que estão lotando as arquibancadas. Em apenas uma semana, a competição já registrou um público impressionante nos estádios, com direito a recordes de audiência na TV brasileira e relatos de dificuldades na experiência dos fãs in loco.
A partida entre PSG e Atlético de Madrid, válida pela primeira rodada do grupo B, que terminou com vitória por 4 a 0 para o clube francês, foi o maior público da competição até aqui, com 80.619 pessoas no Rose Bowl Stadium, em Pasadena, na Califórnia. O jogo, porém, ficou marcado também por reclamações sobre o forte calor, falta de água, e dificuldades de acesso ao estádio.
Maiores públicos
Na lista de maiores públicos, destaque ainda para Real Madrid x Pachuca (70.248), Bayern de Munique x Boca Juniors (63.587) e Real Madrid x Al Hilal (62.415). Entre os clubes brasileiros, o Palmeiras lidera recebendo 60.914 torcedores na terceira rodada contra o Inter Miami, seguido do Flamengo com 54.619 torcedores no jogo contra o Chelsea, Botafogo com 53.699 contra o PSG e o Fluminense com 34.736 contra o Borussia Dortmund.
Além da presença nos estádios, o torneio tem sido um sucesso de audiência. Segundo dados do Kantar Ibope, a TV Globo alcançou mais de 75 milhões de telespectadores únicos durante a primeira semana, alcançando sua maior audiência esportiva em dez meses. Na média nacional, o jogo mais assistido foi Botafogo x PSG, seguido de Flamengo x Chelsea, Palmeiras x Al-Ahly e Fluminense x Ulsan.
Debate
Apesar dos bons números, o sucesso de público ainda é motivo de debate. Antes mesmo da bola rolar, a FIFA precisou reduzir o preço dos ingressos para garantir arquibancadas mais cheias. O desafio de organizar um evento desse porte em um país com pouca tradição em futebol de clubes ficou evidente com os relatos de torcedores em Pasadena.
“No mercado norte-americano, a infraestrutura esportiva é totalmente pensada para integrar esporte e entretenimento. Os estádios são concebidos para serem autossustentáveis em diversos aspectos — desde o ambiental, com uso de energia solar em alguns casos, até o econômico, por não dependerem de recursos públicos. O Brasil, inclusive, vem trilhando esse mesmo caminho”, afirma Sérgio Schildt, presidente da Recoma, maior empresa especializada em infraestrutura esportiva da América Latina.
Marca
Já para os clubes, o campeonato é uma oportunidade de internacionalização da marca e a interação com os torcedores deve ser priorizada. “A Copa do Mundo de Clubes permite a abertura de novos mercados. As equipes e os patrocinadores precisam entender a cultura local e adaptar suas estratégias de marketing e relacionamento. Quem conseguir fazer isso de forma inteligente vai colher frutos por muitos anos”, destaca Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management no Brasil, empresa que agencia a carreira de centenas de atletas, dentre eles, o zagueiro Vitor Reis, do Manchester City.
Com as fases decisivas se aproximando, a expectativa é que o torneio siga atraindo multidões, mas também exigindo da organização soluções rápidas e eficientes para garantir que a experiência dentro e fora dos estádios esteja à altura da grandiosidade do evento. “Por ser a primeira edição do torneio neste formato, é normal que se observe pontos de melhoria. Sempre há questões positivas e negativas quando se trata de uma competição dessa complexidade. Alguns aspectos podem ser ajustados ao longo da disputa e outros ficam como aprendizado para os próximos Mundiais. No entanto, entre os torcedores, principalmente os brasileiros, a sensação até o momento é de encanto e empolgação”, complementa Joaquim Lo Prete, country manager da Absolut Sport no Brasil, agência multinacional de experiências esportivas que é parceira oficial do Fluminense e do Botafogo para o Mundial.
Confira o ranking completo de público da 1ª rodada:
- PSG 4×0 Atlético de Madrid – 80.619
- Real Madrid 1×1 Al Hilal – 62.415
- Al Ahly 0x0 Inter Miami – 60.927
- Boca Juniors 2×2 Benfica – 55.574
- Palmeiras 0x0 Porto – 46.275
- Monterrey 1×1 Inter de Milão – 40.311
- Manchester City 2×0 Wydad Casablanca – 37.446
- Fluminense 0x0 Borussia Dortmund – 34.736
- Botafogo 2×1 Seattle Sounders – 30.151
- Flamengo 2×0 Espérance – 25.797
- Chelsea 2×0 Los Angeles FC – 22.137
- Bayern 10×0 Auckland City – 21.152
- Al Ain 0x5 Juventus – 18.161
- River Plate 3×1 Urawa Reds – 11.974
- Pachuca 1×2 RB Salzburg – 5.282
- Ulsan Hyundai 0x1 Mamelodi Sundowns – 3.412
Confira o ranking completo de público da 2ª rodada:
- Real Madrid 3 x 1 Pachuca – 70.248
- Bayern de Munique 2 x 1 Boca Juniors – 63.587
- River Plate 0 x 0 Monterrey – 57.393
- Flamengo 3 x 1 Chelsea – 54.619
- PSG 0 x 1 Botafogo – 53.699
- Seattle Sounders 1 x 3 Atlético de Madrid – 51.636
- Manchester City 6 x 0 Al Ain – 40.392
- Palmeiras 2 x 0 Al Ahly – 35.179
- Juventus 4 x 1 Wydad Casablanca – 31.975
- Inter Miami 2 x 1 Porto – 31.783
- Fluminense 4 x 2 Ulsan HD – 29.321
- Internazionale 2 x 1 Urawa Reds – 25.090
- RB Salzburg 0 x 0 Al-Hilal Buzzard Point -16.167
- Mamelodi Sundowns 3 x 4 Borussia Dortmund – 14.006
- Los Angeles FC 0 x 1 Espérance – 13.651
- Benfica 6 x 0 Auckland City – 6.730
Confira o ranking parcial de público da 3ª rodada:
- Inter Miami 2 x 2 Palmeiras – 60.914
- Seattle Sounders 0 x 2 PSG – 50.628
- Porto 4 x 4 Al-Ahly – 39.893
- Atlético de Madrid 1 x 0 Botafogo – 22.992
Top 5 geral:
- Al Ahly 0x0 Inter Miami – 60.927
- PSG 4×0 Atlético de Madrid – 80.619
- Real Madrid 3 x 1 Pachuca – 70.248
- Bayern de Munique 2 x 1 Boca Juniors – 63.587
- Real Madrid 1×1 Al Hilal – 62.415