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O Estúdio Bem Paraná foi até o gabinete do prefeito de Curitiba para uma entrevista com o prefeito Rafael Greca, que deixará o cargo em 1° de janeiro, depois de oito anos de gestão. Greca, que já havia sido prefeito de Curitiba nos anos 1990, faz um balanço da sua administração, fala de seus legados, revive momentos importantes deste último período na prefeitura, com o do enfrentamento à pandemia de covid-19, e fala também da futura gestão de seu vice, Eduardo Pimentel, como prefeito a partir do ao que vem, e do seu próprio futuro político.

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Em uma conversa descontraída, Greca contou ao Bem na Pauta que já recebeu convite do governador Ratinho Junior para assumir a Secretaria Estadual das Cidades, que deve ser aceito. E disse que é candidato a governador, caso “tenha apoio”. Senado? Não, Greca não quer. Diz que sua casa é aqui, que o “túmulo da Margarita” (sua mulher, que faleceu em agosto passado) está em Curitiba e que não quer ter que se mudar para Brasília.

Martha Feldens – Prefeito, ao final desse terceiro mandato, qual o balanço que o senhor faz aqui da sua atuação? Qual ou quais os legados que o senhor deixa para Curitiba?

Rafael Greca – O balanço é o da plena satisfação. Eu nunca fui tão feliz. O meu coração de prefeito está completamente realizado. Nós pudemos fazer uma gestão que levou Curitiba para um patamar de sustentabilidade, para um patamar de completa eficiência de serviços. Nós somos hoje a cidade mais igualitária do país nos indicadores sociais. Somos a cidade com um dos melhores IDEBs, índice de educação básica do país. Somos uma cidade a caminho da eletromobilidade, inclusive com vários ônibus já elétricos funcionando na cidade. Por exemplo, o anel Inter 2, não, desculpe, o anel Inter 1 já é totalmente eletrificado aqui no centro da cidade. E o anel Inter 2 está em construção, com todos os pisos de concreto armado, são 38 quilômetros de obras, com 28 bairros da cidade sendo atravessados. Os bairros onde já chegou o Inter 2, como, por exemplo, o Capão da Imbuia e agora o Xaxim são bairros totalmente requalificados.  Um exemplo das estações que nós vamos colocar nesse Inter 2, já está pronto também, foi o nosso piloto, é na Rua dos Funcionários. Mas é meu legado também a Pirâmide Solar de Curitiba, com 8.600 painéis fotovoltaicos, com autossuficiência de consumo de energia elétrica com energia solar. Recebi uma cidade movida a óleo diesel, poluidora, falida, porque não tinha capacidade de endividamento. Nós hoje temos 5 bilhões de dólares em projetos já negociados. Se o Eduardo Pimentel não quisesse fazer mais nada, bastava cumprir os planos que eu já deixei desenhados e formulados e negociados e cujo dinheiro já está em caixa.

Martha Feldens- No seu balanço, o senhor falou um pouco das finanças como estavam e hoje estão em uma outra situação.

Greca –  Graças a Deus que o Vitor Puppi existe, que o Luiz Fernando de Souza Jamur, meu secretário de governo, existe. Graças a Deus que eu fiz o ajuste fiscal. Graças a Deus que a Vanessa Volpi Bellegard Palacios existe. Graças a Deus que os vereadores votaram no meio de uma grande comoção. Eu tive que mudar a Câmara para a Ópera de Arame.

Martha Feldens – Foi um problema grande com os servidores.

Greca – Sim, mas uma coisa de gente louca também. Porque queriam ganhar mais do que era possível a prefeitura pagar. Tinha uma prefeitura falida. Tinha uma previdência falida. E tinham quatro mil reais em caixa, que foi como eu assumi a prefeitura. E daí ainda queriam reclamar. Quer dizer, era tão absurdo que eu não tive nenhuma dificuldade de chamar quem era burro de burro. Foi bem bom. E eu consegui mostrar para a população que a cidade era do povo, não era dos servidores. E não era do sindicato. E que sindicato não põe comida na mesa. Não que eu seja contra o sindicato, mas o que eu não podia era ser contra a sustentabilidade da prefeitura.

Martha Feldens –  E o que o senhor vai fazer a partir de 2 de janeiro?

Greca – O governador, me convidou para ser secretário de cidades. Como eu sou um viúvo que mora sozinho e que de noite não tem assunto, eu, com muita alegria, vou ser secretário de cidades. Vou trabalhar muito, tem muita coisa para fazer, tem um consórcio de lixo para cada grande região do Paraná, nos moldes daquele Conressol, que funciona aqui na região de Curitiba. Tem grande programa de um anel de segurança alimentar e nutricional Embaixo dos linhões da Copel, em volta de todas as grandes cidades do Paraná, para plantar comida, para fazer fazendas urbanas, para fazer chácaras urbanas. Tem muita cultura para fazer, para provocar parques temáticos nas grandes cidades do Paraná. Tem a Foz do Iguaçu, que é um tesouro da humanidade, onde o Bid já me avisou vai me dar de presente, já no começo da gestão, vai me dar de presente um plano de clima para Foz do Iguaçu. Já falei com o presidente do BID, já falei com a diretoria do BID, porque Foz do Iguaçu precisa ter o segundo plano de clima do Brasil. Porque não tem planeta B e Foz do Iguaçu é um tesouro da natureza, tem que ser preservado.

Martha Feldens – E em 2026, o que podemos esperar do Rafael Greca?

Greca – Veja, se houver condições de temperatura e pressão e o partido entender que eu mereço ser candidato a governador, eu não vejo por que eu não aceite. Senador eu não quero ser, porque não quero morar em Brasília. A minha querência é Curitiba, o túmulo da Margarita está aqui e todos os retratos que eu tenho dela estão aqui também. Não dá para fazer uma mudança da minha casa para Brasília que ia custar muito caro. Só de retratos eu devo ter uns 3 mil, todos da Margarita Sorrindo.

Martha Feldens –  Então, governador.

Greca – Sim, se me deixarem, sim. Agora, veja, isso vai ser bom ser governador se eu puder realizar os ideais do paranismo. Esse ideal de fazer o bem irrestrito para a população do Paraná, fomentar a justiça social, jamais desrespeitar o agronegócio, jamais permitir invasão de terras produtivas, trabalhar muito na ideia da urbanização e dos bons serviços para as cidades, trabalhar nas cadeias produtivas dos produtos que cada região do Paraná é capaz de fazer para gerar sustentabilidade.

Martha Feldens – Bom prefeito, o senhor fez toda a sua carreira política, todas as suas campanhas, tudo sempre na companhia da dona Margarita, desde o começo da sua carreira.

Greca – Não haverá outra Margarita, não dá para inventar, não tem sorriso igual e mais do que isso, não tem cabeça igual à da Margarita. Quando eu estava indo, a Margarita já tinha voltado.

Martha Feldens – Então, mas aí eu lhe pergunto, independente da sua perda pessoal, que eu nem imagino como tenha sido, também é uma perda de uma conselheira política. Como fazer uma campanha política assim?

Greca –  Eu tenho uma equipe muito boa, que me faz orgulho, que me deu o prêmio de cidade mais inovadora e inteligente do mundo, de comunidade mais inteligente do mundo. Tem também um prêmio dado em Seul, tem 175 prêmios, tem tanto prêmio tão pelo chão, aqui nos armários escondidos, que eu mandei fazer um armário, uma vitrine gigante aqui na prefeitura, para colocar todos os 175 prêmios antes de eu sair. Tem que ir além do que o povo quer, propor o que o povo merece.

“Se Eduardo Pimentel puder me superar, agradeço”, afirma Greca

Martha Feldens – As suas gestões sempre foram bem avaliadas e essa aqui não é diferente, mas ainda assim a eleição não foi fácil aqui em Curitiba agora do seu sucessor.

Greca – Não sei, teve um momento que eu tinha 80% de aceitação em sondagens que faziam e o Eduardo não passou de 35, 34, chegou a 38. Eu acho…

Martha Feldens- O que aconteceu nessa eleição aqui? Não transferiu?

Greca – Não, saiu um fato novo, que foi a candidata opositora, ela era uma mulher de mídia, ela já tinha… não era uma new face, ela era conhecida, uma figurinha carimbada dos vídeos, ela teve um pouco de mão… dessa turma que queria negar o tal sistema. Mas, para o paradoxo nosso, ela era a candidata do sistema porque ela era a candidata RPC-era do Globo, da rede Globo ou pelo menos tinha sido membro da organização. Então, como é que era candidata ante o sistema? Ah, eu não tenho verbas públicas. Não tinha porque o seu partido… não tinha capacidade, não teve capacidade de apresentar contas corretas para poder merecer verbas públicas. E não teve tempo de televisão porque não tinha deputados. Mas veja, isso não é nada culpa minha ou do Eduardo ou do governador Ratinho. Isso é o jogo eleitoral da eleição. Mas a  gente conseguiu desmanchar essa ideia. O Eduardo ganhou com 15 pontos na frente da adversária.  O voto do Eduardo é o voto em Curitiba, na minha proposta e a do Eduardo, para fazer Curitiba avançar. O meu voto não é de direita nem de esquerda. O meu voto é de compreensão da qualidade de vida que Curitiba possui

Martha Feldens –  O que o senhor espera da gestão do Eduardo Pimentel? O senhor imagina que será ainda um conselheiro?

Greca – Inovação. Multiplicação das ideias, se ele puder me superar eu vou agradecer, porque ele terá sido melhor do que eu e isso fará o meu coração de prefeito ainda mais feliz. Não me assiste nenhum sentimento de inveja, só me assiste o sentimento da satisfação de ver o bem sendo realizado em Curitiba. O Eduardo e eu materializamos 12 mil vagas de creche e agora consegui ele materializar 20 mil, pois que bem que avance. Se eu estou conseguindo fazer o Bairro Novo da Caximba e também o Bairro Popular da Vila Divino, e o Eduardo conseguir avançar fazendo casas para a faixa mais humilde da população dentro do fundo de habitação de Curitiba, que agora está provisionado com dinheiro que antes não tinha. E a inteligência do Luiz Fernando Jamur gerou esse dinheiro. Agora a Cohab tem fundos de novo. Então, que bom, vamos avançar. Se o IDEB puder melhorar, vamos avançar. Se a Camerata, que é considerada a melhor orquestra do Brasil, se apresentou em Buenos Aires, em Montevideo, em Assunção, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre, em São Paulo puder ser apresentada na Ópera de Paris, porque na Ópera de Roma eu já levei. Quanto mais música tiver, melhor. Quanto mais arte e beleza, melhor. E terminei a linha verde. Fiquem quietos todos. Ficavam dizendo que não ia terminar.

Corte de árvores na Arthur Bernardes: “O que há é murmuração”

Martha Feldens – E a questão financeira foi toda resolvida?

Greca – A prefeitura altamente solvente, a prefeitura tem 15 bilhões de orçamento hoje. A minha prefeitura aumentou o orçamento de educação, a minha prefeitura gerou 12 mil vagas novas de creche, a minha prefeitura pagou todas as contas de todos os fornecedores, a minha prefeitura tem 5 bilhões de reais, porque tem que apagar para fazer, de reais não, de dólares, para fazer os programas da próxima gestão. A minha prefeitura varre a rua, acende as lâmpadas, pó das árvores, faz tomografia das árvores para ver as que possam cair por causa dos temporais, além da falta de saúde fitossanitária. Árvores envelhecem e o cerne das árvores apodrece. Então, nós hoje, tendo um pinheiro, por exemplo, que tem dúvida, todo mundo que vê um pinheiro balançando na véspera da tempestade fica já querendo cortar. O povo que mora perto de pinheiros tem dedinhos dendroclastas, fica querendo cortar o pinheiro. Daí pedem para a prefeitura para cortar o pinheiro. Daí eu mando fazer a tomografia, se de fato for verdade que o pinheiro pode cair, E eu já vi Pinheiro Caí, inclusive eu moro numa área cercada de pinheiros, lá a minha casa em São Rafael, é toda cercada de pinheiros, são 800 mil metros quadrados de floresta onde eu moro.

Martha Feldens-  Já que estamos falando em árvores, vamos falar de Arthur Bernardes, então.

Greca – Com muita alegria eu vou falar do Arthur Bernardes, porque o Banco Interamericano de Desenvolvimento não é irresponsável. O Banco Interamericano de Desenvolvimento não empregou. Goura. Aliás, ele perdeu a eleição. O Banco Interamericano de Desenvolvimento fez um relatório de impacto ambiental, onde avaliou o chamado Patrimônio Verde da Rua Arthur Bernardes, onde estão muitos pinheiros que eu mesmo plantei, fora do alinhamento da rua que vai ser feita e que já estão grandes, estão crescendo, ela vai continuar a ser uma avenida parque, só que na diretriz de arruamento do Inter2, que são os metros necessários para passar um ônibus que vai, um ônibus que vem. Parece que não chegam a 80 árvores. As outras serão transplantadas. Nós temos um caminhão também que muda árvores de lugar. Muitas já foram removidas e transplantadas. O que há lá é mais murmuração. É, exploração pré-eleitoral. Havia uma candidata a vereadora que também perdeu lá na região de Santa Quitéria, paróquia da Vila Isabel. Essa senhora falava muita bobagem na internet. E disseminaram uma história, tem números. Diga os teus números, devem ser absurdos. Conta para mim quantos que são?

Martha Feldens –  Eu recebi os seguintes números. 642 árvores serão derrubadas se esse projeto seguir adiante. Mais de 100 são árvores de grande porte. E entre elas há pelo menos 60 araucárias adultas.

Greca – Não é verdade. Primeiro porque não há, na Arthur Bernardes, 60 araucárias adultas. Deve haver umas 10. Quando muito. E há, sim, um pinheiro que fica no meio da rua, que, aliás, já foi decepado porque passou uma dessas redes de fiação elétrica e de cabo de internet no cruzamento da Avenida Iguaçu, que depois chama Carmela Dutra, com Arthur Bernardes. Aquele pobre pinheiro está aleijado, já foi destruído. Mas foi destruído pelas senhoras e senhores que queriam internet na sua casa e acabaram com o Pinheiro. Agora, nunca reclamaram, nunca reclamaram, mas agora reclamam. Então, uma cidade não pode ser governada de maneira imbecil, mas eu não sou o Fruet não queria passar o Ligeirão Norte-Sul na Praça do Japão. Tinha uma senhora que pegava o cachorrinho e ia gravar falando que a Praça do Japão ia ser um caos. Teve uma outra que falou que todos os pobres de Curitiba iam descer do Ligeirão Norte-Sul na Praça do Japão Engatei uma primeira, fiz passar o Norte e Sul na Praça do Japão, ainda botei um monumento da Tomie Ohtake, vermelho, lindo de morrer, com 7 metros ou 8 metros de altura, que é o monumento. Viu como vocês estavam errados, como continua linda a Praça do Japão?

Pandemia: “Quando precisou fechar, nós fechamos”, diz Greca

Martha Feldens –  O senhor também enfrentou a pandemia de Covid aí nesse período desse seu último mandato.

Greca – Todos os seus horrores, quase que Margarita e eu morremos, muitas pessoas padeceram muito, tivemos muito medo, conhecemos todas as fúrias do inferno. Havia o dia dos vendedores de respiradouros. Que vinham pela internet, que chegavam.  Esses abutres, urubus da desgraça alheia chegavam na prefeitura, falavam por internet, diziam que tinham respiradores para vender, nenhum tinha. Chegavam vendedores de vacinas que diziam que tinham vacinas de Dubai, da China, do Caixa Prego, e daí não tinham vacina nenhuma. Nós tivemos que ser muito firmes, muito fortes. Mas, no fim, nós resolvemos apostar no Butantan, e na Fiocruz, e no material de vacinação nacional. Nós tivemos, no começo da pandemia, a graça de ter o ministro Mandetta, que era o bom ministro do Bolsonaro e que se tornou meu amigo, um médico humanitário. Durante a semana ele trabalhava no Brasil, no fim de semana ele pegava o avião, ia para Campo Grande, sua cidade natal, e passava dois dias operando, porque ele não parou a clínica porque tinha virado ministro. Agora, esse Mandetta foi defenestrado pelo governo federal. E o presidente Bolsonaro cometeu o grave erro de ser contra a vacina e com isso cometeu também um outro erro que eu até hoje não entendi, que ele comprou a vacina, mas daí falou mal dela e não usou. Agora, a gente não sabe se ele se vacinou e Dona Michelle se vacinaram ou não, mas o que a gente sabe…

Martha Feldens – Eles têm um certificado de vacinação?

Greca – O que a gente sabe é que eles falavam muito mal da vacina e também criaram uma questão com o Supremo Tribunal Federal de proibir os prefeitos de vacinarem. E o meio da saúde pública ficou em pânico. Nós conseguimos uma liminar dada pela inteligência dos ministros do Supremo, eu acho que foi o Luiz Roberto Barroso que assinou, que deu autonomia para os prefeitos de terem, tendo a gestão plena de saúde, sempre pudessem vacinar a população. No começo, eu não tinha as vacinas, a não ser para os muito idosos. Mas na hora certa eu também me vacinei, Margarita também se vacinou. Nós, como sabem, abrimos um pavilhão da cura gigantesco lá no Parque Barigui e conseguimos vacinar em massa a população.

Martha Feldens – Olhando para trás o desempenho do enfrentamento à pandemia em Curitiba, como que o senhor diria que foi?

Greca – Foi plenamente satisfatório. Nós não fechamos demais a cidade. Quando precisou fechar, fechamos. Quando podíamos abrir, abríamos. A deputada Márcia Huculak, que era a minha secretária na época e não era deputada, era uma enfermeira de alto nível, formada na Escola de Saúde Pública da Inglaterra. Ela me ajudou muito, e também a Beatriz Batistella Nadas, a vice-secretária de saúde, e também a Rosane, a doutora Rosana Walbach, que é a vigilante sanitária. Mas nós resolvemos questões, por exemplo, pode o povo comungar em véspera de Páscoa? Tudo isso levou o mundo por um susto, por um medo. Eu chorei no dia que na RPC me perguntaram o que eu ia fazer com a cidade, eu disse agora eu vou desligar Curitiba. Quando eu caí em mim que eu ia desligar Curitiba, que eu ia acabar com os concertos, com os espetáculos, com os jogos de futebol, com o comércio, com o convívio social, com os passeios nos parques. Nós entramos num pânico, mas também nós tivemos a serenidade de fazer e de não descumprir nenhuma norma sanitária. Abríamos UTIs do meio-dia pzra tarde. A Márcia tinha a capacidade de fechar uma UPA às 8 horas da manhã, porque ia faltar leito no fim do dia, e quando eu chegava às 6 horas da tarde, 7 horas da noite, já estava aberta. A UPA tinha sido transformada numa gigantesca UTI. Nós chegamos a fabricar Além dos leitos que tínhamos, 550 leitos de UTI.

Ficha técnica da entrevista com Greca

Coordenação e produção: Josianne Ritz

Apresentação e produção: Martha Feldens

Operação e edição: Evandro Soares

Supervisão técnica: Luiz Fernando Hanysz