O advogado Jeffrey Chiquini, que se notabilizou na defesa do réu Filipe Martins no STF (Supremo Tribunal Federal), tem sido um dos mais ferrenhos críticos da atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator no processo da trama golpista. “É um processo que foge de toda normalidade. O juiz participa ativamente como vítima, como investigador, como acusador. Você tem um delator que é tratado como delator sem ser delator. Você tem provas falsas que são utilizadas diariamente para continuar acusando. É um horror. Esse processo não pode ser chamado de processo mais”, disse Chiquini ao Bem na Pauta, do Estúdio Bem Paraná.
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Segundo o advogado, nem sequer é possível falar em trama golpista. “Nós temos aqui um processo em que pessoas foram pra frente de um quartel pedir o que quisessem pedir. Foram no Palácio da Alvorada, foram na frente do Congresso pedir o que quisessem pedir. Jogaram pedra nas coisas, nem armadas estavam. Onde eu quero chegar? Por mais grave que pareça estar na frente de um quartel, por mais grave que pareça encher as praças, eu pergunto: essas condutas têm potencialidade de depor um estado democrático? Não, é aí que tá. É o mesmo que eu tentar matar alguém com uma arma d’água”, afirmou.
Entrevista com Jeffrey Chiquini no Youtube
Com seu trabalho na defesa de Felipe Martins, Jeffrey Chiquini também começou a ganhar espaço político como uma nova liderança da direita regional. Filiado ao Partido Novo, não descarta concorrer ao Senado nas eleições de 2026, mas garante que a decisão só será tomada de fato no ano que vem. Enquanto isso, vai angariando apoiadores por meio da Comunidade do Chiquini, espaço virtual em que comenta notícias, orienta seguidores e oferece “um método prático de resistência estratégica para cidadãos comuns”. Para entrar na comunidade, é preciso pagar – segundo Chiquini, “a plataforma é muito cara”. Já são 4 mil os integrantes da Comunidade do Chiquini.
Entrevista com Jeffrey Chiquini no Spotify
E por meio desse trabalho, das suas publicações nas redes sociais e de manifestações em espaços para os quais vem sendo convidado, Jeffrey Chiquini quer também influenciar a direita para que “aja com estratégia”, coisa que, segundo ele, a direita nunca fez.
Ficha técnica
Coordenação e produção: Josianne Ritz
Apresentação e produção: Martha Feldens
Operação e edição: Rafael Martins