A produção poética de Eno Theodoro Wanke estará em exposição na Biblioteca Pública do Paraná a partir do dia 10 de abril. A mostra, que ficará em cartaz até o próximo dia 28, no hall do segundo andar, faz parte das publicações doadas pela família à Biblioteca Pública. O escritor faleceu em maio de 2001, deixando livros e livrotes que ultrapassam 1.000 títulos.
Wanke nasceu em Ponta Grossa. Formou-se engenheiro em Curitiba. Fez carreira na Petrobrás e, ao se aposentar, dedicou-se à literatura. Escreve desde os 12 anos. Começou como romancista, embora não tenha publicado romances. Aos 16 anos passou a contista. No ano seguinte, com a primeira paixão, virou poeta e, logo a seguir, trovador. Também era sonetista, haicaista, tradutor, antologista, pesquisador, biógrafo, ensaísta, historiador, folclorista, estudioso da língua, mestre de metrificação, clequista, cronista, biógrafo, dicionarista, cronista, fabulista e prefaciador.
Clecs
O escritor usava muitos clecs, que são frases de efeito. Sem definição precisa, não é dicionarizado. Os clecs, na verdade são parte importante na produção literária de Wanke. Surgiram no Carnaval de 1979 quando, com família, se refugiou na casa do sogro. A palavra vem do alemão “klencks”, que quer dizer mancha, borrão, uma porção de comida, especialmente pastosa ou semi-líquida. Dali em diante, por pelo menos 9 anos, Wanke produziu clecs. No início, cerca de 16 mil foram publicados em 154 livrotes mimeografados. E outros tantos foram publicados durante sua carreira poética.
Serviço: Exposição Eno Theodoro Wanke – O engenheiro da prosa e do verso
Data: 10 a 28 de abril
Local: Hall do 2° andar da Biblioteca Pública do Paraná – Rua Cândido
Lopes, 133