“Encontro de 3 Gerações” na Sala do Artista Popular

Serão apresentadas as obras de Antonio Ziothovski, Biano Lima e Eudorico Silveira Prestes (Dori).

AEN

A Sala do Artista Popular, espaço anexo à Secretaria de Cultura, em Curitiba, promove a mostra “Encontro de 3 Gerações” de artistas autoditadas, com a apresentação das obras de Antonio Ziothovski, Biano Lima e Eudorico Silveira Prestes (Dori).

Fique por dentro da programação da mostra.

Na exposição, serão apresentadas pinturas de Antonio e Dori que representam seus modos de ver o mundo. Biano mostra esculturas feitas a partir do reaproveitamento de materiais como sucata e lixo doméstico, denominadas evulóides.

Antonio Ziothovski é um pintor que deu início a sua carreira aos 28 anos. Sua primeira obra? Uma reprodução do “Tio Patinhas” feita, sem maiores dificuldades, com tinta de parede sobre uma tábua, a réplica foi feita na intenção de um preente de aniversário à sua filha durante um período de dificuldades financeiras.

Passado o episódio, Antonio percebeu que poderia criar outros trabalhos, e assim o fez começando também em paralelo uma pesquisa sobre arte. Elegendo como ídolos nas artes os espanhóis Salvador Dalí e Pablo Picasso. O artista expõe suas pinturas pela Segunda vez na SAP.

Reciclagem

Juntar referências, combinar técnicas e expressar em seu trabalho a visão de mundo individual. Essa é a proposta do artista plástico Biano Lima. Biano ingressou nas artes através do desenho e ao longo de seu desenvolvimento artístico descobriu outras técnicas, entre elas a pintura, a escultura e a modelagem. Para “dar formas as coisas, criar, passar para as pessoas o que sentia”.

A atuação como artista itinerante entre os anos de 1997 e 2003, levando suas obras por mostras de rua pelos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, lhe deu o subsídio para a concretização do anseio de auto expressão do artista. “Passei por vários mundos onde construí meu trabalho, pra depois trazê-lo até as pessoas numa rua qualquer desse mundo e que vivemos”.

Estabelecido em Santa Catarina no ano de 2004, Biano participou como sócio e fundador da Fundação Cultural Santa Cecília aonde desenvolveu um trabalho de resgate da cultura até o ano de 2006.

Finalmente voltando à Curitiba, o artista descobriu as possibilidades infinitas de formas e cores que podem ser extraídas de materiais alternativos. Dando assim ínicio ao seu trabalho com lixo doméstico e desenvolvendo técnicas de escultura em sucata e em bioconstrução. Toda essa pesquisa culminou nos “Evulóides” que serão apresentados durante a a mostra.

O mundo de Dori

Eudorico Silveira Prestes, o Dori, encontrou na arte a exemplo de vários outros grandes pintores, uma maneira de expressão e de contato com a realidade. O artista ainda criança já sinalizava ser possuidor de talento para o desenho, o que veio a se confirmar ao longo de seu crescimento tanto físico quanto na confecção de suas pinturas.

Portador de uma doença mental manifestada a partir dos 15 anos, Dori deixou de pintar por um longo período, voltando às telas recentemente para compartilhar fases da sua vida através da arte. O artista sempre retrata em sua telas o momento presente, com todas as emoções que lhe são particulares. A curadora e também irmã do artista conta com se dá o processo de criação de Dori: “ele pega a tela, pincel e as formas aparecem como num passe de mágica”.