O pintor francês Paul Garfunkel, (1900-1981), considerado um dos mais importantes artistas que viveram no Paraná, deixou alguns cadernos de esboços que só eram conhecidos de alguns privilegiados.

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Estas raridades poderão ser conhecidas tanto no seu estado original como por meio de reproduções em tecido, técnica de última geração, que permitiu o aumento das imagens e resolução perfeita . Além do material inédito, poderão ser apreciadas aquarelas e pinturas pertencentes aos acervo da família Garfunkel/ Rischbieter, guardiã  da memória pictórica do artista.

Cadernos de Esboços

Quando a Aliança Francesa resolveu homenagear um dos seus patrícios mais talentosos, solicitou que a família do “mestre” desse o conceito da exposição. Quem conta sobre a escolha é Armando Merege. “ A grande amizade que tenho com Luca, neto do pintor, não é de hoje. Foi em um de nossos encontros ocasionais que ele me mostrou alguns caderninhos contendo esboços feitos pelo avô, que estavam guardados sem nunca terem sido expostos” relata

“Pediu-me então que eu o auxiliasse na organização, seleção e digitalização das obras, para uma eventual e futura exposição deste material. Fiquei fascinado e emocionado ao me deparar com tamanha riqueza. Eram estudos, esboços de pessoas, animais e também paisagens, que o artista hábil e incessantemente registrava num incansável exercício do desenho”, complementa.

A Trajetória de M. Garfunkel

Paul Garfunkel nasceu em Fontaineblau, na França em 1900 e aos 27 anos chegou ao Brasil, primeiro em São Paulo, depois em Curitiba, onde ficaria até a sua morte aos 81 anos. Ele foi Casado com Helena Garfunkel, cujo nome pertence à história da Aliança Francesa por sua dinâmica adminstração. O casal teve dois filhos  Pierre e Franchete, ja falecidos.

O artista Viajou  pelo Brasil afora registrando todas as suas belezas em cores e traços vivos . Parte destes registros estão no álbum Novas Imagens do Brasil realizado em 1958, onde aparecem impressões do nordeste, das cidades histórias de Minas, e do Rio de janeiro. Além das paisagens curitibanas, Garfunkel aquarelou e pintou orquestras, circo, animais , alguns nus, sem esquecer cenas bucólicas de cidades francesas.

A crítica de arte Adalice Araújo, num texto escrito em 1974 assim se referiu ao artista: “O que mais nos emociona em sua vasta produção são os croquis e manchas rápidas, em que nos transmite a impressão primeira das coisas. Como os impressionistas, é sobretudo um artista de instantâneos, em cujos toques nervosos de grande vibração mágica, capta a crônica da vida cotidiana….”