A exposição “Cores da Chapada”, do artista plástico baiano Dimitri de Igatu, entra em cartaz em Curitiba. A mostra é formada por obras que tem como inspiração o cenário da Chapada Diamantina, no sertão da Bahia.
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As obras são fruto do trabalho dos últimos dois anos de pesquisa e observação do cenário da Chapada. Desta observação surgiram telas que retratam com um realismo quase fotográfico as cachoeiras, vales, rios e morros da exuberante geografia de um pedacinho do nordeste brasileiro.
Artista por vocação, Dimitri nunca estudou pintura mas atingiu um nível peculiar de sensibilidade no contato diário com a natureza. “Sou um autodidata e tenho procurado saber qual a técnica que mais se aproxima do meu trabalho. O hiper-realismo tem sido o que mais me identifico e o que almejo como artista plástico”, afirma.
Além da relação com a natureza, o que inspira Dimitri é a relação com o povo da região de Igatu, uma pequena vila remanescente do garimpo. A sabedoria do povo e a troca de experiência fazem o trabalho de Dimitri ainda mias rico em detalhes e beleza.
As obras estiveram expostas no Rio de Janeiro, no espaço Brasil Mestiço, na Lapa, durante o mês de outrubro. Após a parada no bar Folha Seca as obras seguem para uma exposição em São Paulo.
Nascido em Salvador, o jovem artista de 26 anos, passou sua infância no bairro da Boca do Rio e em 1994 conheceu a Chapada Diamantina. Em 1998 conheceu Igatu, uma pequena vila remanescente do garimpo para onde se mudou em 2002. Neste mesmo ano teve seu primeiro contato com pintura, “fazendo arte” em camisetas. Ele continua usando este “suporte” para difundir a sua arte e fazer com que as pessoas possam não só ver, mas também vestir a Chapada.