A partir de 25 de abril, o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, apresenta, no foyer do auditório (no térreo, lado externo), a exposição fotográfica “Escolas de valor”, do espanhol Carlos Díez Polanco. Os trabalhos apresentam seis escolas públicas brasileiras que foram capazes de transformar alunos, professores e a comunidade, apesar das condições adversas de seu entorno. A exposição, gratuita, estará aberta ao público de 26 de abril até 31 de maio. O projeto “Escolas de valor” é uma iniciativa da Editora Moderna e da Fundação Santillana. Além da exposição, que vai contar com oficinas para professores e gestores de escolas públicas e privadas, o projeto também inclui um livro com o mesmo nome.
Segundo Polanco, a idéia da exposição é mostrar as escolas que não esperam para fazer a diferença. “São escolas que sonham, realizam e lançam novos olhares para ações simples, eficazes e de inestimável alcance para a criança. São um desafio à visão desencantada que temos do ensino público no Brasil”, diz o fotógrafo.
A partir desta perspectiva, foram escolhidos cinco centros escolares de diversas regiões brasileiras entre aqueles que se destacaram por receberem prêmios de gestão escolar nos últimos anos e um conjunto de escolas indígenas do estado do Tocantins. O projeto visitou a Escola Estadual Pedro dos Santos, em Purupuru (Amazonas); Colégio Estadual Érico Veríssimo, em Alvorada (RS); Colégio Estadual Maria Anita, em Periperi (BA); Escola Professora Jandira de Andrade Lima, de Limoeiro (PE); Escola Municipal Ordem e Progresso, no Rio de Janeiro (RJ); e as seguintes escolas indígenas em Tocantins: Escola Forno Velho, Krahô, Aldeia Forno Velho; Escola Indígena Crokroc, Krahô, Aldeia Cachoeira; Escola Indígena Waipainere, Xerente, Aldeia Serrinha; Escola Indígena Kumana, Karajá, Aldeia Fontoura.
13 mil quilômetros — Para conhecer essas experiências e seus personagens, foram percorridos mais de 13 mil quilômetros em quase quarenta dias de viagem. Nesse período, foram retratadas as escolas, seu entorno, sua comunidade, suas atividades, seus gestores, professores e alunos. A partir desse trabalho, foi possível associar um valor a cada uma das escolas, representativo da essência do trabalho transformador que cada uma realiza: solidariedade, para a escola do Amazonas; auto-estima, para a escola do Rio Grande do Sul; harmonia, para a escola do Pernambuco; perseverança, para a escola da Bahia; resistência, para a escola do Rio de Janeiro; e identidade, para o conjunto de escolas indígenas do Tocantins.
A exposição poderá ser visitada em cinco estados brasileiros e no Distrito Federal, com oficinas pedagógicas voltadas para professores e gestores de escolas públicas e particulares com o tema “Educação em valores: Gestão e Reflexão”.
Carlos Díez Polanco — O fotógrafo Carlos Díez Polanco nasceu em Madri, Espanha, em setembro de 1954. Formado em economia, decidiu aos 26 anos dedicar-se exclusivamente à fotografia. Trabalha em diferentes campos, como o retrato, a arquitetura e o esporte. Já fotografou em mais de 20 países ibero-americanos, sempre alternando a dedicação ao estúdio em Madri com suas viagens.
Francisco Homem de Melo — A curadoria da exposição “Escolas de Valor” ficou sob a responsabilidade do designer e arquiteto Francisco Homem de Melo. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, onde fez mestrado, doutorado e é docente desde 1990, Homem de Melo é autor de livros e artigos sobre design gráfico e curador de diversas exposições nos últimos anos.
Serviço
Museu Oscar Niemeyer
De 26 de abril a 31 de maio de 2007
Inauguração: 25 de abril, quinta-feira, às 19 horas
Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico