Todos os anos, entre meados de maio e julho, os pescadores nativos da llha do Mel reúnem-se à beira-mar para esperar a entrada das tainhas na Praia do Farol. A vigília é acompanhada por suas mulheres e filhos. Quando os cardumes se aproximam, os pescadores lançam as redes ao mar e festejam. Esse ritual pode ser visto na exposição fotográfica Pescadores de tainha na Ilha do Mel, de Leonardo Régnier, que abre neste sábado (9), às 11h, no Museu Oscar Niemeyer (MON).
O contexto descrito e a importância socioeconômica para o grupo de pescadores despertaram o interesse e a sensibilidade artística de Régnier e do cineasta Túlio Viaro. Em parceria no projeto, eles registraram em foto e vídeo a pesca artesanal da tainha na Ilha do Mel. A exposição conta com 42 imagens em preto e branco, além da exibição do filme de Viaro.
O documentário não é propriamente sobre a pesca da tainha. Também não é sobre a Ilha do Mel. De fato, é um documentário sobre pessoas, o modo como vivem e trabalham, suas lendas e crenças, reflete Régnier. Percepção e análise semelhante teve a artista plástica e diretora do MON, Estela Sandrini. Com sensibilidade e poesia eles revelam o lado humano, do cotidiano, da vida da comunidade, o convívio entre os nativos. Ao mesmo tempo em que documentam o elo de respeito e amor dos pescadores com o mar.
O projeto foi iniciado em 2008, concluído dois anos depois, com a produção de novas imagens e depoimentos. Para chegar ao objetivo, os dois profissionais se integraram ao grupo por três temporadas, em curtas estadias de três dias, em média.
Serviço:
Local: Museu Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Marechal Hermes, 999
Data e horário: do dia 9 de abril(sábado) às 11h até o dia 3 de julho.
Preço: R$ 4,00 e R$ 2,00 para estudantes (com carteirinha). Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino fundamental e médio, para crianças até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.