Duas exposições marcam a trajetória paranaense da fotografia: “Fotos de Estúdio: Imagens Construídas” e “Retratos de Artistas Paranaenses”. As exposições fazem uma homenagem ao aniversário de Curitiba, comemorado em 29 de março.
Fique por dentro da programação da mostra “Fotos de Estúdio: Imagens Construídas” e “Retratos de Artistas Paranaenses“.
A mostra “Fotos de Estúdio: Imagens Construídas” conta com obras doadas para a Universidade Positivo pela Fundação Cultural de Curitiba que retratam as famílias paranaenses do século XIX. Os costumes mostrados nas fotografias podem ser percebidos a partir das roupas que as pessoas usavam para serem fotografadas. Elas se produziam e iam para aquele “evento” com uma expectativa diferente, já que a ideia era algo como “se tem foto, o evento é importante”. Na época, ir a um estúdio era uma experiência inusitada. Deparava-se com uma parafernália de móveis, biombos, colunas, peças de vestuário, objetos dos mais variados e inesperados tripés e máquinas, rapidamente ordenados para compor, a cada estouro do flash, um novo cenário. O ateliê funcionava, então, como camarim e palco e, como atores, os retratados representavam situações criadas pelo fotógrafo.
Como não existia luz artificial, o fotógrafo utilizava uma série de estratégias para obter uma iluminação para seus retratos. O uso de clarabóias e janelas envidraçadas facilitava a entrada de luz natural no estúdio. Cortinas e painéis eram recursos eficazes para rebater e direcionar a luz, criando efeitos diferenciados e evitando sombras que pudessem comprometer a qualidade da imagem fotográfica. Com o passar do tempo e com a invenção do flash de magnésio, tornou-se possível fotografar pessoas e eventos em interiores na ausência de luz natural. Embora o fotógrafo alertasse para a luz intensa acompanhada de estouro e fumaça, o susto era inevitável: pessoas apresentavam-se de olhos irremediavelmente arregalados e os demais de olhos fechados. A exposição traz imagens que traduzem a história da fotografia no Paraná, desde o início até as técnicas mais avançadas que chegaram com a evolução tecnológica. Nas fotografias em exposição, é possível perceber as marcas do tempo em retratos antigos, assim como a história que cada imagem carrega.
Já a exposição “Retratos de Artistas Paranaenses”, do colecionador Max Conrad, contém fotografias de grandes nomes da pintura do estado que viveram em Curitiba. Profissionais como João Turin, Geraldo Leão e Rossana Guimarães marcam presença nos 113 quadros apresentados. A mostra reúne uma série de trabalhos que são, na verdade, diferentes visões de diferentes pessoas. O objetivo principal é valorizar as obras de artistas locais e preservar a memória de importantes pintores.