Este é o último final de  semana para visitar a exposição  A Natureza do Destino com a coletânea das obras de Miguel Bakun e também a mostra coletiva Obsolescências, ambas em cartaz até domingo, com entrada franca, na CAsa Andrade Muricy. No Museu Oscar Niemeyer chega ao fim o período de visitação de Uma Aventura Moderna, que faz parte da celebração do Ano da França no Brasil.

Miguel Bakun: A Natureza do Destino faz parte de um projeto que inclui ainda um livro sobre o artista paranaense,   organizado pela tambem artista plástica  paranaense Eliane Prolik. O projeto foi criado para lembrar o centenário de nascimento de Bakun (1909-1963).  É formada por 51 obras do importante pintor,  desenvolvidas durante os trinta anos de sua produção, período que foi de meados dos anos 1930 até 1963.
Bakun dedicou-se à pintura e sua obra é reconhecida pela importância no contexto da arte brasileira e, mais especificamente, da arte paranaense. É constituída, em grande parte, por paisagens. Bakun pintou também naturezas-mortas, alguns retratos, além de estudos em desenho.  Ele nasceu em 1909 em Mallet, no interior do Estado e começou a pintar nos anos 1930, já em Curitiba, onde viveu e desenvolveu sua produção artística. Na década de 1940, trabalhou em um ateliê coletivo na Praça Tiradentes. Participou de mostras coletivas e recebeu premiações no Salão Paranaense de Belas Artes e Salão de Belas Artes da Primavera do Clube Concórdia.
Aos 53 anos, em fevereiro de 1963, suicidou-se sob efeito de uma forte depressão. Neste ano, em 28 de outubro, completam-se 100 anos do nascimento de Miguel Bakun, que declarou:  “Vida, luz e movimento são predicados que necessito em meus quadros”.

Obsolescências —  Com curadoria de Marília Panitz, e assistência de Bitu Cassundé e Marcio Harum, Obsolescênciasreúne 30 trabalhos de 15 dos 45 artistas premiados pelo programa Rumos Itaú Cultural, cujo objetivo é garimpar, mapear, diagnosticar e fomentar o melhor da produção contemporânea em todo o Brasil.         A mostra teve como objetivo a discussão dos artistas frente ao que é, ou pode ser, obsoleto. “O que estabelece um intenso diálogo entre as propostas artísticas presentes neste recorte curatorial parece ser uma resistência a tornar-se obsoleto por via do aparecimento do novo, este grande mito da modernidade”, observa Marília.  “É no recurso à sombra da obsolescência, com a qual jogam um jogo de sedução, que os artistas ancoram sua poética”, conclui.

Vem daí o nome da mostra, que, segundo conta a curadora, em economia significa a diminuição da vida útil e do valor de um bem, devido não ao desgaste causado pelo uso, mas ao progresso técnico ou ao surgimento de produtos novos. Participam  Amália Giacomini, Ana Holk, Rafael Alonso, Jaqueline Vojta, Daniel Hertel, Julia Amaral, Marina de Botas, Diego Belda, Fabrício Lopez, Felipe Cohen, Laerte Ramos, Letícia Ramos, Luciano Zanette, Nino Cais, e Sofia Borges.
No MON este é o último final de semana para conferir criações de  Jean Dubuffet, Arman, Jean Tinguely, Juan Miró e Erró.

Serviço
Miguel Bakun : A Natureza do Destino e Obsolescências – Exposição coletiva com artistas selecionados pelo projeto Rumos 2008/2009. Casa Andrade Muricy (R. Andrade Muricy, 915) .  Uma Aventura Moderna – Coleção de Arte Renault. Até dia 9. MON (Av. Marechal Hermes, 999).