Abre no dia 15, na Galeria da Caixa, a exposição “Memórias urbanas” dos artistas plásticos Juliane Fuganti e Marcelo Conrado. A mostra apresenta gravuras e cerâmicas de Juliane e pinturas em acrílico sobre tela de Marcelo. De acordo com os dois, a proposta de “Memórias urbanas” remete diretamente aos desafios de fazer arte em meio às solicitações dos tempos atuais e aos chamamentos e agressões do cotidiano.
A obra de Marcelo Conrado é marcada pela fragmentação crescente das formas, pela multiplicação das linhas, pela predominância dos traços, pelo abandono do ponto de vista único. Nos seus trabalhos as cores vão sendo reduzidas a tons surdos, mas não são desprovidas de vibração. Trata-se de uma pintura desenhada: na medida em que pinta, desenha.
Marcelo, na definição da professora e crítica de arte, Maria José Justino, é energia pura, gestual, expressivo. É um artista que, mordido pelo caos, busca nas sinfonias das linhas compor a sua poética.
Já a gravura de Juliane, na opinião de Maria José, é adulta e apresenta rigor e sutileza no traço, além de sensibilidade nos tons. Para a professora, a artista vem filtrando as informações com competência e afirmando a sua poética. Dominando o desafio da gravura, ela volta-se a um outro: o campo da cerâmica. A gravura e a cerâmica se prestam à sua personalidade inquieta, exatamente por serem matérias que não se entregam com facilidade. São linguagens que apresentam resistência, força própria; reclamam, ambas, um embate físico.
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