Índia aos olhos dos curitibanos

'Índia – Quantos Olhos tem uma Alma' é apresentada no Museu Oscar Niemeyer

Redação Bem Paraná

A exposição apresenta 60 fotografias em preto e branco de Marcelo Buainain, que recebeu o Prêmio Máximo da 2ª. Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba. As fotos de Buainain foram produzidas em 1999, ano em que o fotógrafo viajou pela Índia. A coleção pertence ao Acervo do Museu de Fotografia Cidade de Curitiba e foi organizada pela Fundação Cultural de Curitiba. O Museu Oscar Niemeyer abre a exposição “Índia – Quantos Olhos tem uma Alma”.

Confira a programação.
 
A curadora do Acervo Artístico da Fundação Cultural de Curitiba e responsável pela mostra, Nilza Knechtel Procopiak, disse que a coleção segue as diretrizes filosóficas e documentais estipuladas pelo fotógrafo para sua exibição. Assim, a exposição é dividida em seis módulos, de acordo com os conjuntos de fotografias pertencentes a cada série. São elas: Kumbha Mela, Trabalho, Criança, Sikhs, Crematório e Retrato.
 
As Séries

As séries retratam não só o contexto social indiano, mas principalmente seus ritos e crenças religiosas. “Kumbha Mela”, por exemplo, é o maior festival religioso realizado na Índia a cada 12 anos. O festival alterna-se entre as cidades sagradas de Haridwar, Allahabad, Ujjain e Nasik. Já “Crematório” refere-se ao ritual de cremação em Varanasi, às margens do rio Ganges. Por outro lado, as fotografias dos “Sikhs” foram produzidas durante a comemoração dos 300 anos de Khalsa, que significa puro, nome dado a todos os Sikhs batizados ou iniciados, em uma cerimônia chamada Amrit Sanchar. Essas séries regionais de fotografias, captadas pelas lentes de Buainain, revelam toda a atmosfera indiana de seus mistérios, encantos e religiosidade.
 
Apesar de mostrar situações e personagens que se aproximam dos ocidentais, as séries Trabalho, Retrato e Criança, “nos fazem perceber, por um ligeiro desvio, quer seja nos trajes, quer seja em pormenores, que a objetiva do fotógrafo não está no ocidente, e sim, na exótica Índia”, pondera Procopiak.