A mostra apresenta cerca de 70 obras, pinturas e desenhos, da década de 50 à década de 90. Na seleção feita pela curadora Nilza Knechtel Procopiak, está desde a primeira obra realizada pelo artista como profissional –“Flores”, de 1950, até um dos últimos trabalhos  -“O artista no bar”, de  1996. A maior parte do acervo pertence à viúva Maria Lúcia de Andrade Lima. São obras, muitas inéditas, que o artista mantinha em trainéis no atelier de Curitiba.


Confira a programação da mostra.


Segundo a curadora, ocorreu uma corrente expressionista no Paraná, principalmente depois da chegada em Curitiba de Guido Viaro. No entanto, para ela, Viaro pode ser considerado “muito mais o iniciador do Modernismo no Estado”, enquanto Andrade Lima, que foi aluno de Viaro, acabou divergindo mais para Di Cavalcanti, Cícero Dias e, às vezes, para Toulouse-Lautrec. “Da confluência destes artistas é que nasceu a parte mais vibrante da obra de Luiz Carlos de Andrade Lima, registrando um aspecto mais mundano, menos curitibana, pintada e desenhada muito mais no desejo de se alcançar uma equivalência ao calor e acolhida do Rio de Janeiro do que à realidade da fria geada que existia, na época, em Curitiba.”         


Curitibano        


Luiz Carlos de Andrade Lima nasceu em Curitiba, em 1933, e aqui faleceu em 1998. Ele foi pintor, desenhista, gravador, escultor, ilustrador, poeta e, como artista, “foi quem mais captou a alma de Curitiba”, diz a curadora. O artista teve seus primeiros contatos com o desenho e a pintura por volta dos oito anos de idade. Ainda jovem, foi discípulo de Guido Viaro, na Escolinha de Arte do Colégio Estadual do Paraná. Logo após o segundo grau, começou a dedicar-se profissionalmente à pintura.