A exposição Máscaras e Trançados dos artistas Gustavo Beghini e José Lúcio de Oliveira está na Sala do Artista Popular. Como o próprio nome adianta, serão expostas 17 máscaras, de vários tamanhos, confeccionadas por Gustavo especialmente para essa exposição que marca o retorno do artista para a cidade. No mesmo local serão apresentadas 42 peças que variam entre cestas, chapéus, aparadores de pratos, animais, porta-retratos e também luminárias – onde José Lúcio usa fibras de coqueiros para dar forma.
Confira a programação.
A máscara é um acessório utilizado para cobrir o rosto, e desde os primórdios da humanidade serve para diversos propósitos: cênicos, religiosos e artísticos. A máscara carrega a idéia de transformação daquele que a usa. Gustavo Beghini expressa sua arte através de máscaras decorativas que resultam de um processo de pesquisa com materiais da flora nacional, como folhas e caules de bananeiras. Além das máscaras, o artista apresenta trabalhos em cabaça, quadros em papel machê e santos. O uso de materiais alternativos como sementes, areia e até os dentes do cavalo do artista que morreu há pouco tempo, também foram inseridos na feitura das máscaras.
Nascido em Serra Negra no estado de São Paulo, Gustavo residiu em Campinas, Londrina, Recife, Salvador, Tramandaí e Praia da Pipa, onde teve oportunidade de mostrar seu trabalho, e de pesquisar informações para a sua produção. Mas a cidade escolhida como casa é Curitiba. Há mais de 18 anos ele fixou residência aqui, onde estuda e confecciona suas obras. Em 1998 Gustavo resolveu passar uma temporada fora da cidade, para conhecer a cultura de outros locais, e dessa forma adicionar elementos à sua arte. “Curitiba é o meu ponto de partida, aqui que eu gosto de respirar e recomeçar a fazer os meus trabalhos. Depois eu paro, viajo para outro lugar e começo tudo de novo. A exposição Máscaras e Trançados é para comemorar o meu retorno à Curitiba”.
Trançados
José Lúcio de Oliveira é de Minas Gerais, mas trabalhou durante um bom tempo em Florianópolis. O artista reside em Curitiba há 6 anos. Pela primeira vez ele mostrará seus trançados em palha de coqueiro em uma exposição. São peças em que o artista usa fibras de coqueiros em trabalhos variados. José Lúcio trabalha com madeira para fazer carrancas
e utiliza a serragem para confeccionar objetos de adereço. “A expectativa está na curiosidade de ver o retorno do público. Estamos em busca de novos espaços, pois esse meio do artesanato é difícil de conseguir mostrar as obras, mas com o incentivo da Secretaria da Cultura, a expectativa é boa”, finaliza o artista.
De acordo com Vera Datolla “Os dois artistas foram aprovados pelo Conselho Consultivo da Sala do Artista Popular, que recebe portfólios e propostas de artistas interessados em expor seus trabalhos na SAP”.