Há anos o fotógrafo Orlando Azevedo (1949) produz marinhas, denominadas arqueologia da morte, em que animais mortos e objetos em deterioração são recolhidos como náufragos da existência, como define o próprio autor. Trata-se de um olhar da morte como a grande viagem da passagem e da vida, na qual a fotografia, em um resgate da memória, promove a ressurreição da extinção. A mostra tem o patrocínio da HP-Brasil e da Canson Infinity Brasil-Indústria de Papéis Especiais e o apoio do Governo do Paraná, da Secretaria de Estado da Cultura e da Caixa Econômica Federal. O Museu Oscar Niemeyer abre a exposição Marinhas –Arqueologia da Morte.
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A exposição é composta por 33 imagens (1m x 1,30m), com tiragens limitadas, produzidas em papel Canson Rag Photographique, papel branco, 100% algodão. A historiadora portuguesa Maria do Carmo Séren explica que esta arqueologia de Orlando Azevedo reconstitui o que foi a vida e o que foi desejo, porque insinua que o tempo foi interrompido, que a morte evidente dos restos apela para a vida que foi.
Por outro lado, o fotógrafo admite que estabelece também uma determinada e intencional ironia e crítica às acadêmicas marinhas, no universo das artes plásticas. As imagens possuem como não poderia deixar de ser um mergulho no ciclo da transformação e sua poética.
Serviço:
Visitação: de 19 de agosto a 21 de novembro 2010
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999
Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h
R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes, com carteirinha
Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.