Restam poucos dias para o público visitar a exposição “Máscaras e
Trançados”, dos artistas Gustavo Beghini e José Lúcio de Oliveira. A mostra fica até o dia 16 de novembro na Sala do Artista Popular, em Curitiba. São 17 máscaras, de vários tamanhos, confeccionadas por Gustavo especialmente para essa exposição. No mesmo local são apresentadas 42 peças, entre cestas, chapéus, aparadores de pratos, animais, porta-retratos e luminárias, feitas por José Lúcio com fibras de coqueiros. A exposição tem entrada franca.

A máscara, desde os primórdios da humanidade, serve para propósitos cênicos, religiosos e artísticos. A máscara carrega a idéia de transformação daquele que a usa. Gustavo Beghini expressa sua arte através de máscaras decorativas, que resultam de um processo de pesquisa com materiais da flora nacional, como folhas e caules de bananeiras. Além das máscaras, o artista apresenta trabalhos em cabaça, quadros em papel-machê e santos.

Nascido em Serra Negra (São Paulo), Gustavo residiu em Campinas, Londrina, Recife, Salvador, Tramandaí e Praia da Pipa, onde teve oportunidade de mostrar seu trabalho e de pesquisar informações para a sua produção. Mas a cidade escolhida como casa é Curitiba. Há mais de 18 anos ele fixou residência aqui, onde estuda e confecciona suas obras. Em 1998 Gustavo resolveu passar uma temporada fora da cidade, para conhecer a cultura de outros locais e adicionar elementos à sua arte. “Curitiba é o meu ponto de partida, aqui que eu gosto de respirar e recomeçar a fazer os meus trabalhos. Depois eu paro, viajo para outro lugar e começo tudo de novo. A exposição Máscaras e Trançados é para comemorar o meu retorno a Curitiba”, afirma.

José Lúcio de Oliveira é de Minas Gerais, mas trabalhou durante um bom tempo em Florianópolis. O artista reside em Curitiba há seis anos. Pela primeira vez ele mostra seus trançados em palha de coqueiro em uma exposição. São peças em que o artista usa fibras de coqueiros em trabalhos variados. José Lúcio trabalha com madeira para fazer carrancas e utiliza a serragem para confeccionar objetos de adereço. “A expectativa está na curiosidade de ver o retorno do público. Estamos em busca de novos espaços, pois esse meio do artesanato é difícil de conseguir mostrar as obras, mas com o incentivo da Secretaria da Cultura, a expectativa é boa”, diz o artista.

Os dois artistas foram aprovados pelo Conselho Consultivo da Sala do Artista Popular, que recebe portfólios e propostas de artistas interessados em expor seus trabalhos.

Exposição Máscaras e Trançados de Gustavo Beghini e José Lúcio de
Oliveira.
Local: Sala do Artista Popular – Rua Saldanha Marinho s/nº, anexo à
Secretaria de Estado da Cultura. Tel: (41) 3221-4743
Horário de funcionamento: De terça a sexta-feira, das 10 horas às 18h30
A exposição permanece até sexta-feira, dia 16 de novembro de 2007 às 18h