O Museu da Fotografia, espaço da Prefeitura de Curitiba, abriga, a partir de 14 de agosto, a exposição “Presença”, de Juan Esteves, um dos principais fotógrafos brasileiros da atualidade. A exposição, em parceria com a Fundação Stickel, reúne 53 imagens que Juan Esteves produziu ao longo de 20 anos, retratando representantes de diferentes momentos das artes plásticas no Brasil.

Na ocasião, o fotógrafo lança o livro de mesmo título “Presença” – uma parceria entre a Editora Terceiro Nome e a Fundação Stickel contendo todos os trabalhos. Ele também participa de uma mesa redonda, às 18h30, com o crítico de arte Olívio Tavares de Araújo e o artista plástico Fernando Stickel, sobre o tema “A Presença do artista na arte brasileira – corpo e alma do modernismo contemporâneo”. O encontro será aberto pelo presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Paulino Viapiana, e terá Simone Landal como moderadora.

O conjunto é um apanhado dos principais artistas do país, cuja herança artística é de extrema importância. Eles foram retratados de maneira a reunir o documental e o interpretativo-autoral, num projeto que não poderá ser repetido, pois vários artistas já morreram, como Maurício Nogueira Lima, Aldemir Martins, Geraldo de Barros, Tikashi Fukushima, Pierre Verger, Cícero Dias, Luis Sacillotto, Thomaz Ianelli, e Amilcar de Castro, entre outros. Muitos moram fora do Brasil, como Flávio-Shiró, Sergio Ferro, Antonio Dias, Marcia Grostein, Alex Flemming, Arthur Luiz Piza e outros, fotografados em etapas diversas de suas carreiras.

Sobre o Livro Presença, de Juan Esteves – O título foi sugerido por Frans Krajcberg e reflete a proposta deste livro: mostrar retratos de 138 artistas plásticos brasileiros, natos ou adotivos, de várias gerações, fotografados por Juan Esteves em ambientes como suas casas, ateliês ou galerias. Raramente conhecemos o artista que está por trás de uma obra de arte, e este livro mostra seus olhares, seus gestos, sua expressão interior – sua presença.

Juan Esteves iniciou este trabalho em 1985, quando era fotógrafo na Folha de São Paulo, e ao longo desses vinte anos retratou representantes de diferentes gerações e tendências das artes plásticas no Brasil. Mesmo com um recorte pessoal, o livro tem caráter histórico, pois abrange desde o modernismo, o concretismo, o Grupo Rex, a Escola Brasil, a Geração 80 e o Ateliê Abstração, até artistas jovens. É, como diz o autor, “um trabalho denso, carregado, com olhares fortes, significativos, cheio de dúvidas e ansiedade, vivos, olhares de quem viveu uma vida complexa, produtiva e intensa”.

Juan participou de exposições no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, Museu de Arte de São Paulo – MASP, Museu da Imagem e do Som de São Paulo – MIS, Funarte – Rio de Janeiro, Usina do Gasômetro em Porto Alegre, Memorial de Curitiba, Museu de Arte Brasileira da FAAP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras, em 20 individuais e 70 mostras coletivas.

No exterior seus trabalhos estiveram no PS1, The Institute For Art and Urban Resources de New York, Estados Unidos; no Stedelijik Museum Het Domein de Sittard, Holanda; na Aschembach Gallery de Amsterdam, Holanda; no Stadtiches Museum in der alten Post, Mulheim an der Ruhr, Alemanha; na International Press Book Fair de Genéve, Suíça e na Time & Style Gallery em Tóquio, Japão.