O Museu Oscar Niemeyer abre a exposição Katalogue XXL – New Art. Curitiba é a primeira capital brasileira a receber a exposição, que depois seguirá para São Paulo. A exposição exibe 70 obras, em papel, de 34 artistas de várias partes do mundo. São fotografias, peças de design gráfico e trabalhos gráficos. A exceção, é o vídeo inédito produzido pelo japonês Motomichi, que usa o medo como tema. O vídeo é apresentado em três telas de plasma, onde cada uma explora o medo de forma diferente. Entre os participantes também está o premiado ilustrador brasileiro Kako, apontado como o segundo melhor do mundo.

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Coerente com sua proposta de vanguarda, o Katalogue reúne trabalhos de novos talentos e de profissionais experientes e reconhecidos. A idéia surgiu como uma publicação impressa e foi desdobrada em mostra para museus e galerias. Já apresentada em Londres, Paris, Berlim e Canadá.

Na publicação, em sua segunda edição, da qual deriva esta mostra, as obras são apresentadas em folhas soltas, não encadernadas. De acordo com o diretor de arte e curador, Wilhelm Finger, o objetivo é permitir que cada um “monte a própria exposição, em casa, no escritório”.

O projeto é desenvolvido em parceria com a curadora grega Melita Skamanaki. “Katalogue tem compromisso com a cultura de arte e o design em materiais impressos e novas mídias. O design aparece em tudo que vemos, as tendências são globais”, afirma Finger.

O curador também destaca as imagens de Alexander Egger, que procura estabelecer uma relação não racional entre o artista e o espectador. “A oscilação associativa das obras entre impressões figurativas e abstratas, próximas e distantes, evidentes e obscuras alimenta uma descrição da mente do artista, a ser recriada pelo olhar e a percepção do espectador.” Enquanto as fotografias do americano Niels Alpert imprimem uma atmosfera “misteriosa sobre melancólicas” paisagens industriais de Los Angeles.

Geradas em computador, as imagens de Linn Olofsdotter “combinam elementos desenhos à mão com ricos esquemas de cor e textura intrincadas”. Já as gravuras e os desenhos narrativos, de cunho social, de Ryan McClelland criam “monumentos à vulgaridade da sociedade consumista ocidental”. Somados aos demais artistas que compõem a mostra, os curadores Finger e Skamnaki referem-se aos autores como “estrelas de amanhã ”.