Na comemoração dos 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil, o Museu Oscar Niemeyer apresenta 70 obras de artistas japoneses consagrados que, em sua maioria, possuem alguma relação com Hyogo.
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Em contrapartida, obras de três artistas paranaenses –Francisco Faria, José Antonio de Lima e Mazé Mendes – serão expostas, de 01 de novembro a 07 de dezembro, no Museu de Arte da Prefeitura de Hyogo, de onde provém parte do acervo apresentado em Curitiba.
Cada artista paranaense apresentará 20 trabalhos, pertencentes ao acervo do Museu Oscar Niemeyer e das coleções particulares dos artistas, selecionadas pelo curador do museu japonês, Koichi Kawasaki, em parceria com os técnicos do Museu Oscar Niemeyer.
Trabalhos – para esta mostra foram reunidos trabalhos dos acervos do Museu de Arte da Prefeitura de Hyogo, do Museu de Arte e História da Cidade de Ashiya e dos museus de arte memorial de Koiso, de Kobe, e de Otani, da província de Nishinomiya. As obras expressam períodos importantes da história da arte do Japão, da era moderna até a atualidade.
Os conceitos orientais de modernidade e atualidade possuem sentidos históricos particulares. No Japão, os quinze períodos, existentes até hoje, marcam a passagem das eras, da evolução política, social e da sucessão de imperadores, oriundos de linhagem secular. Para os japoneses, o gênero moderno compreende o final da Era Edo (1603-1867) e o início da Era Meiji (1868-1912). Enquanto as obras consideradas atuais não têm o sentido restrito de agora, pois englobam a produção realizada a partir de 1945.
Estrutura – A partir dessa concepção histórica oriental, a exposição é segmentada em três núcleos. O primeiro é composto de obras exemplares do gênero moderno que se desenvolve conforme o período em que foram produzidas as obras expostas.
As pinturas de paisagem, com ênfase às pinturas de natureza morta feitas ao ar livre, compõem o segundo segmento. Heizo Kanayama foi um dos artistas que mais produziu obras desse tipo entre os artistas japoneses, fazendo com que os japoneses se sentissem muito próximos de suas obras.
A ultima parte é composta por fotografias das obras dos artistas integrantes do Grupo Gutai (1954 – 1972), movimento de vanguarda, semelhante ao movimento moderno brasileiro, que rompeu tradições da pintura japonesa. Formado por jovens artistas, que se reuniram a Jiro Yoshihara, em 1954, expressa o surgimento de uma nova era. Como disse Yoshihara, o Grupo Gutai “não imita o estilo de outro” e “pinta um quadro que nunca foi visto até agora”. As atividades do Gutai são reconhecidas na Europa e nos Estados Unidos, principalmente no contexto da história da arte na segunda metade do século 20.