A exposição Tecendo Redes, da fotógrafa Suzana Sá, no Shopping Mueller, teve seu momento mais especial com a presença de cerca de 50 senhoras do bairro Xapinhal. Elas foram convidadas para a abertura, no dia 17, porque são as personagens das fotos, feitas por Suzana durante o curso de tear no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), da Fundação de Ação Social (FAS). O curso é oferecido pela Associação Paranaense de Terapia Familiar. As fotos ficarão expostas até 6 de maio no piso Top do Shopping.

“Esta exposição é o retrato de uma experiência de sucesso, que nos estimula a trabalhar em prol da emancipação e do resgate do cidadão”, disse a presidente da FAS, Fernanda Richa. “Nosso desejo é ampliar a parceria com a Associação Paranaense de Terapia Familiar para que essa iniciativa possa ser estendida a outras comunidades como parte do programa Vitrine Social para a geração de trabalho e renda para essas famílias.”

Os alunos são estimulados a participar do curso de tecelagem com mais alguém da família ou com amigos, para fortalecer os laços familiares e comunitários, além de facilitar a produção conjunta das peças ensinadas no curso.

Denise Kopp Zugman, da Associação Paranaense de Terapia Familiar, aprovou a parceria com a FAS e o resultado do curso. “A Fundação de Ação Social nos acolheu nesse projeto e as mulheres responderam muito bem ao curso, que tem ações sócioeducativas além do trabalho prático no tear.”

A estudante Ketlyn Ribeiro, de 11 anos, fez o curso ao lado da mãe, Djanira Ribeiro, de 46 anos. Elas gostaram da foto na exposição, em que as mãos de ambas são retratadas. “Achei bem interessante ver as fotos e lembrar das aulas. Adorei o curso”, disse a menina.

Isaura Soares Pereira, 58 anos, disse que estava ansiosa para ver a exposição. “Durante o curso, fizemos várias fotos. Eu queria muito ver como ficou. Gostei bastante do curso e de estar na exposição.”

Raimunda Soares, de 53 anos, participou do curso e se emocionou ao ver sua fotografia na exposição. “Foi muito bom ver meu trabalho aqui. Fiquei bem feliz”, afirmou.

O curso teve a orientação da professora Juliana Santoro, de Florianópolis, que trouxe de Santa Catarina a técnica dos açorianos. “Estou impressionada com o resultado. Em cada aula, uma emoção diferente. Cada mulher que participa do curso tem uma história de vida distinta”, disse Juliana, que trocou Florianópolis por Curitiba por causa do projeto. “Mudou tanto minha vida que optei em me transferir para cá.”.

O curso de tear é gratuito no CRAS Xapinhal. Já está aberta lista de espera para a próxima turma. Informações pelo telefone 3227-6933.