A fotógrafa Lucília Guimarães abre a exposição Retratos Musicais. Segunda individual da artista, a mostra apresenta 45 fotos coloridas de artistas nacionais e internacionais que passaram pelos palcos de Curitiba. Na galeria de artistas fotografados estão nomes consagrados como Martinho da Vila, O Rappa, João Bosco e Hermeto Pascoal até revelações da nova geração da MPB que inclui o Cordel do Fogo Encantado, Hamilton de Holanda e ainda músicos locais como o talentoso Alexandre Nero. As fotos são em tamanho 80 por 60, bandeiras de 30×30 do Garibaldis e Sacis e três estandartes. Ela explica que as fotos estão em um suporte diferente, com impressão em microfibra. “A intenção é quebrar a formalidade das molduras, vidros, estética e poder facilitar uma possível itinerância desse material”, considera.
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Lucília Guimarães revela que a exposição é o resultado de um trabalho de cinco anos como profissional na área da cultura – a maior parte dele dentro da Fundação Cultural Curitiba. Ela conta que a sua relação com a música se aproximou muito mais depois que começou a fotografar shows. “Hoje entendo e respeito muito melhor os músicos e até comecei a gostar de música erudita por conta do meu trabalho com a fotografia”, confessa. Durante a sua produção fotográfica ela não presenciou nenhuma história curiosa para contar e acha que isso se dá em função de sua discrição quando está próxima ao palco: “O importante na hora de fotografar músicos é respeitar e de maneira nenhuma interferir nos espetáculos até para que o ruído da câmera não atrapalhe em nada”.
Segunda individual da carreira – a primeira foi um documentário que fez na Índia e passou por 17 cidades brasileiras – Lucília partiu de um universo de 500 fotografias, sem cortes ou recursos digitais, para chegar no resultado final. No trabalho de seleção contou com a ajuda luxuosa do fotógrafo Nego Miranda que fez a curadoria da exposição. “Eu tinha mais de 500 fotos que considero boas. E no começo fiquei totalmente perdida pois sou uma apaixonada pelo meu trabalho. A ajuda do Nego foi justamente olhar sem esta paixão e com uma visão mais fotográfica para a seleção final”.
Sobre as bandeirinhas do Garibaldis e Sacis ela explica que não são apenas de sua assinatura já que muitas pessoas fotografaram. “Elas estão expostas assim para acompanhar a informalidade do movimento que esta se tornando tradicional na cidade. É a minha homenagem as pessoas que trazem alegria e o carnaval descompromissado no centro de Curitiba”.