Edílson de Souza [email protected]
A hora das mudanças Depois de concluída as disputas do Campeonato Paranaense, com o devido sepultamento da aberração que foi batizada como supermando, a partir de agora, todas as atenções dos nossos clubes estarão direcionadas para a competição mais importante do ano: o Campeonato Brasileiro. Mesmo tendo sido campeão — diga-se de passagem, de forma irretocável e merecida, basta ver os números finais —, o Coritiba precisa de muitos ajustes. Apesar de ter em seu elenco um número elevado de jogadores, não conseguiu ter mais de quinze atletas capazes de representar o torcedor coxa-branca. Há dentro do Couto Pereira um bom time de futebol. Mas é muito pouco para encarar uma série B que promete ser muito acirrada. Um bom time ganha um jogo. Porém, o que ganha um campeonato ou traz a possibilidade de ascender é um misto de qualidade técnica, força e que tenha principalmente peças de reposição à altura dos titulares. Infelizmente para o torcedor alviverde, o Coritiba ainda não alcançou esse nível de planejamento no seu plantel. Vários jogadores deverão deixar o Alto da Glória. Pois, para quem não tem dinheiro e necessita de contratações, as prateleiras deverão ser esvaziadas. Neste momento, além de não poder errar, será necessária uma dose elevada de criatividade. Por favor, tenham bom senso e olhos clínicos na hora das dispensas, se é que isso realmente seja possível de acontecer.
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Gabriel Barbosa [email protected]
Voltando ao passado Um jogo horrível, com jogadores que pareciam mais um bando de amadores em campo. Esse foi o final do Campeonato Paranaense para o Atlético. Agora, se voltarmos um pouco no tempo, mais precisamente na época em que jogávamos no Pinheirão, nada mudou. Apenas o conforto da nossa Baixada. Um time sofrível, com um público diminuto, mas que mesmo assim, somando os públicos dos coloridos e mais eles, juntos, não chegaram ao nosso. No tempo das vacas magras, o time não era diferente desse que temos hoje. Tirando uma meia dúzia de jogadores, o restante poderia fazer suas malas e procurar o caminhão de onde caiu. Voltando à torcida, essa sim temos que tirar o chapéu. Como muitos gostam de dizer, o verdadeiro torcedor atleticano foi aquele que, independente da perda do título para o rival e da desclassificação para o Palmeiras, compareceu à Baixada. Voltando ao passado, que só tinhamos torcida, no domingo não foi diferente. Que a tristeza vá embora e que dias melhores se façam presente para uma torcida que realmente não abandona!
Fusão Podem ter certeza que, se um dia as duas torcidas se juntarem, será para não deixar que uma fusão aconteça. O amor que as torcidas têm por seus clubes é muito maior que qualquer negócio financeiro! Um Ultra abraço!
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Luiz Carlos Betenheuser Júnior [email protected]
Vai começar Agora, o ano vai começar pra valer! É contagem regressiva para o Brasileirão e voltar para a Série A é o único objetivo. Temos que ser muito práticos e rigorosos, contar com os jogadores que estejam comprometidos e traçar metas e estratégias para vencer jogo a jogo. Teremos muitas dificuldades e por isso vacilos são imperdoáveis. Tolerância zero na busca do maior objetivo: voltar. É uma questão de sobrevivência. Realmente, sobrevivência, pois a receita da TV dependerá do acesso. O Coritiba tem que ter firmeza na condução do futebol. Alguns jogadores devem voltar dos empréstimos e mais uns três reforços devem chegar ao Alto da Glória. Agora, é estudar cada adversário e viajar dez vezes a mais. A fase mais importante do ano vai começar! Vamos focar em resultados, a qualquer custo. Coritiba, a Torcida que nunca abandona!
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David Formiga [email protected]
Valores deturpados A maioria dos pais ensina aos filhos a fazer o que é certo, a agir sempre com retidão, falar a verdade, a reger suas vidas dentro de valores bem definidos. O futebol muda isso, compromete, prejudica valores e o torcedor, cego de amor, brada argumentos que, conscientemente, não faria. No Rio de Janeiro, numa equipe das mais tradicionais do país, certo dirigente, apoiado e defendido por torcedores, usurpou tal entidade por quase duas décadas e, se por um lado conseguiu títulos e também se eleger como político, por outro deixou sua equipe na segundona e assolada em dívidas. Fora do clube, jamais foi reeleito. No Paraná Clube, ocorre fenômeno interessante, remetendo também à deturpação de valores: Marcelo Toscano, um dos responsáveis diretos pela permanência do time na segunda divisão, vem sendo acossado por parte da imprensa e da torcida por ter ingressado na justiça em face de impontualidade de salários, situação notoriamente recorrente na entidade paranista. Pior, pregam-se, inverdades. Segundo alguns, Toscano nada seria além de um lateral limitado que apareceu quando fora jogar como avante. Nesse caso, para justificar um erro e tentar se eximir publicamente das falhas, opta-se pela mentira: Marcelo Toscano sempre fora avante de ofício e atuou na lateral para ajudar um elenco limitado, escolhido não por critérios técnicos. Pior são as públicas acusações de que o atleta seria mentor de greves. Ele apenas pretendia, exercendo um direito constitucional, obter o que fora acordado. Quando o torcedor esquece o que seus pais ensinaram em nome de uma aliança baseada em inverdades e no não-compromisso, vai por senda perigosa. Se há anos o Paraná não cumpre a responsabilidade de voltar à elite, como irá fazê-lo em 2010 se nem consegue cumprir o acertado com os contratados para tal tarefa? Teu destino é vitória!
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