O Atlético foi o melhor time na fase de classificação, quebrou o recorde do “Furacão de 49” e chegou a assustar os concorrentes pelo belo futebol que apresentava naquela oportunidade. Porém, a sua diretoria, preocupada com um aumento no fluxo de caixa, desmanchou o time titular. As peças de reposição não vieram no mesmo nível e o resultado só poderia ser essa queda na reta final da competição.
A torcida atleticana não merece ver seu time com esse nível de futebol. Aliás, enquanto a diretoria preocupa-se com a cobrança de direitos de emissoras de rádio, com o que falam os profissionais de imprensa, esquece-se de buscar jogadores de qualidade para dar alegria aos torcedores. Essas atitudes têm por objetivo apenas tirar o foco, ou seja, desviar a incompetência em termos de futebol para outros rumos.
Vale lembrar que jogadores profissionais adoram uma exposição na mídia e que, após as medidas de restrição ao trabalho da imprensa dentro do clube, o Atlético não ganhou mais nada. Faço uma pergunta: será que tem alguma coisa a ver?
Por outro lado, o Coritiba alternou boas e más atuações nas primeiras fases do campeonato, mas cresceu na hora certa. O primeiro confronto contra o Atlético mostrou uma superioridade técnica inquestionável e a derrota de 2 a 0 ficou barata para o time da Baixada. Se perguntarem se o Coritiba já é campeão, respondo que não. Mesmo com uma bela vantagem, da mesma forma que o Coritiba fez o seu dever de casa, o Atlético, mesmo com suas limitações técnicas, mas com o apoio maciço de sua torcida, poderá reverter. O jogo promete ser muito bom e emocionante… imaginem mais uma decisão por pênaltis na Baixada.

Por quê?
Numa decisão, nunca existe um favorito; ganha quem tiver mais vontade de vencer, raça, determinação, fatores que faltaram para o time atleticano. Da derrota para o time das “paquitas”, ficou uma grande lição: para vencer, não se pode jogar retrancado, querendo sair no contra ataque, se não existe jogadores para fazer a função.
Depois do desmanche em meio ao campeonato, ficou provado também que as contrações feitas não tiveram efeito. Sequer essas contratações são relacionadas para compor a reserva. A conclusão é que o departamento de futebol está em dívida com a torcida, e seria muito interessante a profissionalização nesse setor, indo de encontro à política do clube. No domingo estaremos lá, torcendo, incentivando, mostrando que nunca desistimos, mas conscientes.

Mudanças
No dia 5 de maio de 2008, todos os sócios com mais de um ano têm obrigação de participar da assembléia do Atlético. A torcida tem que ter mais credibilidade dentro do clube. Porém, isso só acontecerá se todos demonstrarem interesse pela instituição. O primeiro passo é fazer com que o Atlético se tornem um clube democrático. Assim, a torcida começará a conhecer mais de perto como funciona todo o planejamento da instituição. Então, você, que tem esse direito, não desperdice essa oportunidade. O Atlético depende de nós.

Tempo
Foi um resultado de 5 a 1, que mudou o Atlético. Quem sabe não está nascendo um Atlético mais forte, mais unido, depois de domingo, independente do resultado?…
Um Ultra-abraço!
Gabriel Barbosa – [email protected]

Mais noventa minutos    
A vitória do Coritiba no clássico no Alto da Glória foi inquestionável. Mais do que isso, o placar de 2 a 0 ficou barato. O lance de Thiago Silvy, aos quatro minutos de jogo, é imperdoável para um atacante de um time de Série A. O Coxa mostrou muita raça e muita vontade e entrou em campo para vencer.
No lado Coxa-Branca, uma apresentação equilibrada: todos jogaram bem com destaque especial para Carlinhos Paraíba, Pedro Ken, Marlos e Keirrison.  
A vantagem do Cori no segundo jogo é a de vir mostrando um bom desempenho defensivo — em que pesem os fracos ataques adversários. Ficou os últimos cinco jogos sem tomar gols. Para quem pode ficar com o título até se perder por um gol de diferença, é um panorama positivo.
Agora, serão mais 90 minutos, na Baixada. Se repetir sua postura em campo, e se a arbitragem não interferir, o Coritiba começa o clássico com uma vantagem muito grande. Se jogar certo, sairá vitorioso e campeão na Baixada.
Coxa eu te amo!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]

Nunca é tarde(lli) demais
O Paraná Clube tardou em começar sua preparação para o Estadual, perdendo pontos importantes no início desse certame, o que acarretou na desvantagem para os mata-matas. Dessa forma, expôs sua retaguarda e não conseguindo chegar à final diante de um frágil e limitado oponente.
Na Copa do Brasil com vantagem de dois gols, o tricolor foi a Porto Alegre, abriu o placar e, com a desastrosa, tendenciosa e prejudicial arbitragem de “Waguinho”, sucumbiu diante do Internacional — que, pelas circunstâncias da partida, tambpem ficou exposto na retaguarda.
Nunca é tarde para aprender com os erros, assimilar teimosias ou perceber qual o verdadeiro potencial do elenco. A volta de Ângelo, a manutenção dos “Garotos da Vila” e a iniciativa de jogar para vencer são elementos fundamentais para que Bonamigo logre voltar à divisão de elite do futebol nacional. O Paraná demonstrou que joga melhor com a bola do que sem ela. O elenco tricolor atua melhor atacando do que defendendo — aliás, sem a bola, os paranistas cometem muitas faltas.
Claro que, sem um primeiro volante de ofício e com defensores sem controle dos seus ímpetos (Nem e Daniel Marques), o tricolor fica refém da incapacidade alheia. Desde 2007 o tricolor sofre quando é acossado, principalmente no que tange às debilidades na proteção à zaga.
O raciocínio deveria ser lógico: se o time sofre quando é atacado e tem vocação ofensiva, por que não o postar à frente? Claro que para isso, Joélson, que em nada ajuda alguma postura tática, deverá sair do time, trocado por alguém menos “boleiro” e mais objetivo.
Não é tarde para que o tricolor adote uma postura vitoriosa. O Paraná precisa voltar à primeira divisão, e não se garantir na segunda.
FORÇA TRICOLOR!
David Formiga – [email protected]