Nas grandes rivalidades do futebol brasileiro, quando uma equipe está em ascensão, a outra necessariamente está em queda. Um exemplo muito visível ocorre no quintal de nossas casas. Por exemplo, o Coritiba liderou a primeira fase do Campeonato Paranaense com folga. É, de forma  merecida, apontado como o favorito a conquistar o título. Mas, não vem jogando um futebol que encante o seu torcedor. Aquilo que era visto como fato consumado e irreversível está sendo questionado pelas suas ultimas apresentações.
São incontáveis os erros, os quais passam pelo comando técnico (Mesmo que seja um laboratório, com bola rolando, apostar em mudanças muito ousadas é certeza de equívocos) e culmina dentro campo do jogo, ou seja, nos pés dos jogadores.
 Na primeira rodada, da segunda fase, o Coritiba foi melhor que o Paraná Clube. Mas, o seu adversário absteve-se de jogar. Assim, a vitória foi justa. Quando enfrentou o Corinthians, que fora goleado impiedosamente pelo seu arqui-rival, o que se esperava era uma vitória retumbante. Nada disso foi visto. O que ficou foi uma preocupação de boa parte da sua torcida, para não dizer frustração.
Por outro lado, o Atlético mudou o seu comando, de atitude e com os mesmos jogadores cresceu de rendimento. O que se viu nas duas primeiras rodadas, dentro da Arena, foi um futebol de qualidade. Parece que a decisão será realmente no clássico Atletiba.
Quero acreditar na tese de que há, neste momento, a intenção de ter uma reserva técnica e principalmente física para a Copa do Brasil. Se for isso, tudo bem. Afinal, além de passar para a próxima fase, melhorar a sua situação em termos de exposição na mídia, o dinheiro que entra por meio dessa competição será fundamental para gerir o seu futebol. Então, amanhã será o dia de encher o Couto Pereira e atropelar o time do Avaí.
 
Para elevar o moral

Enfim, o Paraná Clube conseguiu uma apresentação convincente. Pela diferença que há entre os primeiros colocados, a vitória de goleada frente ao Paranavaí não possibilitou uma aproximação daqueles que estão na  liderança, mas, serviu de alento para a sua torcida. Se mantiver o mesmo nível de futebol, e aqui desconsidero o adversário, o Sport é superior, certamente, voltará com a classificação para a seqüência da Copa do Brasil. A postura da equipe em campo e o desempenho de seus jogadores credencia a fazer essa aposta.


Gabriel Barbosa
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Técnico!
 Muitos “comentaristas” de futebol, gostam de expressar que técnico não ganha jogo, não faz nenhuma diferença. Em se tratando de Atlético terão que mudar sua visão. Com a saída de Lopes, Leandro Nieuhues não só assumiu a responsabilidade, como fez o o furacão voltar a jogar futebol. O gol, o mais importante de uma partida de futebol, voltou a ser comemorado pelo torcedor atleticano. A alegria de jogar bola está de volta. Ilusão? Não posso ser cego e não enxergar melhoras, como também não posso esquecer todos os problemas que ocorre. Como o mestre Paulo Baier citou no programa da CNT domingo a noite: Precisamos de mais ou menos de quatro a cinco reforços para o campeonato brasileiro. Palavras de quem entende. Sem medo, e isso que a torcida quer, vamos continuar jogando um futebol para frente, sem retranca e sem medo de errar. Enquanto um time que se diz líder do campeonato já  demonstra sinais de desgaste , nós começamos a mostrar vontade, disposição e alegria em jogar futebol.
 
Parabéns!
 Nada melhor que comemorar um aniversário com vitória. Oitenta e seis anos de conquistas e dificuldades. Esse e o Atlético que adoramos. Faltou uma festa para a torcida atleticana estar toda junta, como aconteceu o ano passado. Mas nada que no decorrer do ano não possamos fazer. Um fato que foi muito positivo aconteceu na radio Banda B. Quando estava para fechar a jornada esportiva no sábado, após o jogo do Atlético, surge a narração de Airton Cordeiro, com Carneiro Neto repórter de campo, lembrado o título contra o Seleto de Paranágua. Foi de arrepiar. A Banda B, meus parabéns!
 Um Ultra abraço!


Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Mais uma decisão pela Copa do Brasil
 Depois de vencer o time do Rio Barigui por 2×1, para a infelicidade de uns torcedores do time da Baixada, e para a felicidade da fiel torcida Coxa, o time do Coritiba se manteve na liderança do Paranaense, colocando novamente a pressão para o time da Baixada,que está na segunda colocação.
 Enquanto o torneio regional dá uma parada, o Verdão volta a campo na quarta-feira pela Copa do Brasil. Na compeitção nacional, o Cori pode ter a volta do volante Marcos Paulo, mas pode não contar com o zagueiro Pereira, contundido. Contra um Avaí que precisa de gols, o Coxa terá que ter cuidados defensivos e aproveitar os lados do campo para marcar.
 Será um jogo para a volta do Green Hell nas arquibancadas, mas o time terá que jogar com obediência tática e muita voluntariedade para garantir uma vaga na Copa. Jogo de mais uma decisão na vida coritibana.
 Coritiba, a Torcida que nunca abandona!


David Formiga
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O segredo da adequação
Adequar importa em modificar para determinado uso o que estava feito para outro, amoldar. O elenco do Paraná Clube pode não ser o mais adequado para atual em determinadas formações e tem seu treinador a responsabilidade de encontrar a forma tática onde melhor suas peças rendam.

Dos “onze” iniciais de Oliveira para a partida diante do Paranavaí, cinco já iniciaram partidas como zagueiros (André Luís pelo setor direito em 2007; Chicão sobra; Alessandro; Luís Henrique e Diego Correia); desses, todos também atuaram noutras funções: Chicão e Alessandro como volantes e os demais como laterais.

Com a inusitada formação, Oliveira deu ao tricolor segurança defensiva, liberando João Paulo que notoriamente, atua melhor quando não tem responsabilidades defensivas. Assim, o zagueiro Diogo Correia, em belo lançamento, colocou João Paulo (que deveria ser terceiro homem de meio pela direita ou ala nesse setor) na frente do gol para abrir o placar.

Mesmo sem um avante fixo, a equipe (com os “cinco zagueiros”, alternando suas subidas, permitindo o uso dos “alas”) foi para frente e Pará (bem atuando em sua função originária) ampliou. Toscano, com a raça de sempre, fez o gol que liquidou a fatura e, mesmo após ter diminuído o ritmo, João Paulo, livre de responsabilidades defensivas, fez boa jogada e um golaço, vindo pela direita, de forma a presentear Pará que por pouco (no lance anterior) não ampliara o placar.

Não me agradam formas engessadas de padrão tático. As adequações (quando inteligentes) confundem os oponentes. O fato de se encontrar uma forma de jogo com o que se tem deve ser o caminho para o tricolor seguir forte tanto na Copa do Brasil como no caminho de volta à elite.

Oliveira deve saber diferenciar o que é invencionismo (o que fez recentemente em relação a alguns jogadores e posições) e permitir que essa flexibilidade e versatilidade do elenco, mesmo com suas limitações, se transforme no segredo, na força do tricolor em 2010.
Teu destino é vitória