Edílson de Souza [email protected]
Agora vai? A chuva que caiu no final de semana, em Curitiba, serviu para lavar a alma da torcida rubro negra. Afinal, não é todo o dia que sem a possibilidade de conquistar uma vitória importantíssima em cima da melhor equipe do País. Com esse resultado, o Furacão deixou a lanterna do Brasileirão, subindo para a 19° posição, com oito pontos ganhos.
O resultado pode ter um significado que vai além da soma dos três pontos. Pode ser o marco de transformação que o técnico Renato Gaúcho vem apregoando desde sua chegada.
A vitória do Atlético Paranaense sobre umas das melhores equipes do Brasil fará com que o grupo de jogadores sinta mais segurança nas próximas partidas. Aliás, segurança essa que não teve em São Januario, contra o Vasco da Gama e nem em Fortaleza, contra o Ceará. Foram dois jogos que, mesmo jogando um futebol superior ao que vimos no domingo, os resultados positivos não vieram por simples insegurança dos atletas. Vejam como é o futebol. O Furação se tivesse um insucesso contra o Santos chegaria à cidade de Goiânia, na próxima rodada com um time totalmente desmoralizado. Seria um time, aos olhos do adversário, a ser atropelado. Contudo, com esse expressivo resultado alcançado, deixa de ser um time virtualmente rebaixado, e, a partir de agora passa ser respeitado.
A próxima rodada será o momento ideal para uma virada e o adversário não poderia ser melhor. O Atlético Goianiense, mesmo tendo conquistado alguns resultados importantes e que neste momento está bem melhor posicionado na tabela é um time simples de tudo. Tem jogadores experientes, nada mais que isso. O Atlético Paranaense passou a ser favorito depois de vencer o Santos.
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Gabriel Barbosa [email protected]
Raça! O que foi essa partida contra o Santos. Logo no começo saímos na frente, mas não demorou muito para o melhor time do Brasil empatar o jogo, e quando nos últimos minutos atacávamos, pressionávamos e a bola de maneira nenhuma queria entrar, Wagner Diniz cruza e de peixinho Marcinho manda a zica pra longe. Foi emocionante por que ganhamos de um time que realmente joga bem, com um treinador que só não esta na seleção por que ele mesmo não aceitou. Neymar, Ganso, que nada Deivid foi o cara. Marcou, correu, desarmou e foi o melhor da partida. Quinta contra o xará no Serra Dourada será uma partida difícil, mas o três pontos serão bem vindos!
Guerreiros! Não importa se o time está na ultima colocação. Não importa se em Curitiba não para de chover. A torcida do Atlético e espetacular. Vinte mil pessoas na Baixada, apoiando os noventa minutos. Podem se intitular de torcida que nunca abandona, ou torcida do povão, agora fazer o que a família atleticana faz e brincadeira. Parabéns a todos que estiveram presentes mostrando que a nossa torcida realmente faz há diferença, agora muitas torcidas por ai estão mais para aquela propaganda dos póneis, torcida do faz de conta!
Um Ultra abraço!
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Luiz Carlos Betenheuser Júnior [email protected]
Reencontro O Coritiba venceu a primeira fora de casa no Campeonato Brasileiro: 3×1 contra o América MG. Valeu e muito pelo resultado, pois o time subiu uma posição e segue (com dificuldades), na busca da Libertadores em 2012. O time do Verdão terá que melhorar bastante seu rendimento para atingir o G4. E como o Brasileirão não tem nada de facilidade, na quarta-feira o adversário será bem mais complicado: o Palmeiras, no Couto Pereira.
Se para alguns o confronto entre os alviverdes é uma revanche – alguns cronistas ruborizados e alguns torcedores mais exaltados, de ambos os lados -, o reencontro entre Coritiba e Palmeiras não é uma revanche. Há um certo clima de exagero nisto. É natural que aquele resultado atípico pela Copa do Brasil seja tratado entre os profissionais do Palmeiras como um fator motivacional para o jogo. Mexer com o ego dos atletas faz parte da estratégia para vencer. Já o Coritiba, precisa encarar o jogo de maneira mais simples, mas nem por isto, menos importante. Será um complicado desafio tático, técnico, físico e psicológico.
Do lado Coxa, o importante é manter o elenco focado no G4, em buscar vencer o Palmeiras e seguir seu caminho na competição. O clima de revanche não é útil para o Coritiba. E, como os mais experientes em bastidores já sabem, o AtleTiba já começou…
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!
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David Formiga [email protected]
Números e prática O Paraná em números está bem, ocupa o terceiro lugar com vinte e quatro pontos, a seis da líder Lusa e dois da vice Ponte Preta sendo, com estas, quem mais figurou no G4. O tricolor é a terceira equipe que mais vence (sete vezes, ao lado de Goiás), tem o quinto melhor ataque (20 gols, empatado com o ASA) e a quarta melhor defesa (14 gols, empatado com o Sport). Se por um lado os números são alentadores, na prática o paranista segue acreditando, apoiando, mas começa a se preocupar com alguns aspectos, a começar pelo percentual de aproveitamento de pontos.
A meta dos comandantes era de estar com índice superior a 60%; atualmente, soma 57%. Fonseca demonstra querer uma equipe defensiva. Normal, afinal, um bom time começa com boa defesa. No entanto, se por algumas vezes adotou Castán como lateral à inglesa, isso não significa que do outro lado, solução análoga surtirá o mesmo efeito. Por não confiar em Júlio César, Fonseca desloca (na impossibilidade de utilizar Lisa) Briner para o setor, afastando do comando da área seu melhor zagueiro. Como não poderá contar com Cris por alguns jogos, Fonseca não pode penalizar o Paraná, caso assim proceda. Falta aqui um jogador da posição ou mesmo (já que deve improvisar), deslocar o competente Henrique para o setor.
Fonseca acertou ao utilizar três volantes que marcam e sabem sair jogando. Fato interessante para esse setor é que quatro atletas vêm se intercalando e rendendo bem; no entanto, no que tange à ligação, Fonseca utilizou Oliveira e Roni Dias, que nada mostraram. Neste quesito parece óbvio que, sem Welington, Cambará é quem no elenco tem mais capacidade para assumir a transição. O meio de Fonseca deve então ser composto por Urso, Garroni, Serginho e Cambará. No ataque reside o maior problema do tricolor. Inexplicavelmente Léo não vem sendo utilizado. Pior, os preferidos de Fonseca são Maranhão (que ainda não convenceu a torcida) e Giancarlo, um bom pivô mas que não tem cacoete do nove que o Paraná precisa.
Como Ricardinho fisicamente é uma incógnita, Dieguinho não aproveitou as oportunidades e Borebi alterna bons e maus momentos, deve comandante paranista render-se e escalar Léo como nove com Giancarlo chegando, fazendo as funções que atualmente vem bem desempenhando mas sem a incumbência de ser o matador. O elenco é confiável, mas o time que o paranista tanto quer ver vem se descaracterizando rodada a rodada, graças às idiossincrasias (por não dizer teimosias) do seu treinador. Se Fonseca continuar insistindo em não fazer o óbvio, na prática, pode sua equipe não mais atingir os números que o torcedor deseja e precisa.
Força Tricolor!!!
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